SER MONTANHEIRO
Ser montanheiro é saber distinguir os cheiros
da terra com marca de tempo, e não de frasco.
É conhecer a hora pela sombra que dá o astro.
É saber o nome dos matos, cerros e outeiros
em redor, sentir e conhecer as estações pela côr
dos campos, e os frutos das árvores pela flôr,
apreciar sabores de tripas cheias pelos fumeiros.
Ser montanheiro é saber com o olhar os nomes
das árvores e dos frutos, das ervas e cereais,
dos bichos do ar e da terra, ter saberes manuais
sobre os trabalhos que dão o pão que tu comes.
É conhecer os animais pelo andar e pelos cios,
as amêndoas e os figos pelas côres e feitios,
as cearas pelas espigas, as farturas pelas fomes.
Ser montanheiro é conhecer de ouvido os pios
das aves agoirentas, os pássaros pelas côres
e vôos, e pelos ninhos conhecer os seus autores.
É suportar geadas invernosas e brasas de estios,
curvado à rabiça ou à vara por nateiros e matos
sob o jugo da natureza, respeitando os pactos
que repetem sempre o mesmo homem e desafios.
O montanheiro vive no chão entre terra e estrelas
onde não há ruas, praças, palácios nem catedrais,
apenas cerros, caminhos e veredas, talvez capelas
de santas e sinos escutados no céu pelo badais,
tocando a reunir povo com o eterno montanheiro
que vive nos montes olímpicos desde o primeiro
tempo, como autor, vigia, juiz de homens e rituais.
O montanheiro é o fiel depositário dos costumes
antigos da humanidade, das boas tradições e crê
respeitosamente no tempo, no sol e chuva, que vê
como a mão milagrosa de Deus que dá perfumes
coloridos às plantas e sementes, que dão o fruto
e o pão, e no rebanho que dá a carne e o conduto,
num ciclo de vida de rastos e restos de estrumes.
Ser montanheiro é saber distinguir os cheiros
da terra com marca de tempo, e não de frasco.
É conhecer a hora pela sombra que dá o astro.
É saber o nome dos matos, cerros e outeiros
em redor, sentir e conhecer as estações pela côr
dos campos, e os frutos das árvores pela flôr,
apreciar sabores de tripas cheias pelos fumeiros.
Ser montanheiro é saber com o olhar os nomes
das árvores e dos frutos, das ervas e cereais,
dos bichos do ar e da terra, ter saberes manuais
sobre os trabalhos que dão o pão que tu comes.
É conhecer os animais pelo andar e pelos cios,
as amêndoas e os figos pelas côres e feitios,
as cearas pelas espigas, as farturas pelas fomes.
Ser montanheiro é conhecer de ouvido os pios
das aves agoirentas, os pássaros pelas côres
e vôos, e pelos ninhos conhecer os seus autores.
É suportar geadas invernosas e brasas de estios,
curvado à rabiça ou à vara por nateiros e matos
sob o jugo da natureza, respeitando os pactos
que repetem sempre o mesmo homem e desafios.
O montanheiro vive no chão entre terra e estrelas
onde não há ruas, praças, palácios nem catedrais,
apenas cerros, caminhos e veredas, talvez capelas
de santas e sinos escutados no céu pelo badais,
tocando a reunir povo com o eterno montanheiro
que vive nos montes olímpicos desde o primeiro
tempo, como autor, vigia, juiz de homens e rituais.
O montanheiro é o fiel depositário dos costumes
antigos da humanidade, das boas tradições e crê
respeitosamente no tempo, no sol e chuva, que vê
como a mão milagrosa de Deus que dá perfumes
coloridos às plantas e sementes, que dão o fruto
e o pão, e no rebanho que dá a carne e o conduto,
num ciclo de vida de rastos e restos de estrumes.
Etiquetas: gorjeios blog
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