O BELO E OS MALES
Tu não enganas nunca ninguém
prometes e quando o tempo vem
a tua imutável natureza
volta e junca o mundo de beleza
às cores, às flores, aos amores
dos olhos e da luz e da leveza
dos odores que enviam afectos
aos humanos e aos insectos.
Tu não tens razões de vingança,
de ódio, de justiça, de poder
de violar, julgar e prender
sob livre-arbítrio e 'interpretança'
de leis a belo prazer e má-fé
à semelhança da humana ralé.
Não, tu não fazes jogos de razões
ou verdades, não mentes ou ocultas,
não insinuas ou presumes ou deturpas,
não usas vaidades nem opiniões
acerca de cabritos cabras e cabrões.
Não, tu és tu apenas e o que vales
por nos dares o belo contra os males.
Etiquetas: o belo e os males
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