O ELEITOR ESTRATEGA: O ESTRATEGA CONSERVADOR
Desde que há eleições livres em Portugal que reparo que os eleitores usam algumas estratégias pessoais para elegerem quem confiam para dar o seu voto.
São
todos extraordinariamente zelosos do seu voto e todos decidem o quadradinho de
sua cruzinha eleitoral segundo uma estratégia há muito pensada e
utilizada mas também, mais ou menos, sempre revista e atualizada.
Há vários tipos gerais de estrategas eleitorais.
O estratega conservador que se decidiu há muito tempo por uma cor política e não muda mais, ou raramente o faz, porque entende que tal cor nunca o desiludiu e jamais o fará. A sua estratégia é mimética do futebol segundo um estado de comodidade ligada à tradição da "cor clubista" futebolística aplicada à ideologia política.
No fundo será uma estratégia de experiência feita e adequada a quem não acompanha a fundo o manobrismo e manipulação da política mas a quem certos factos desonestos não lhes passam desapercebidos e não gostam nem aceitam tal como pessoas boas e sérias que passam totalmente os dias ocupadas no seu labor diário.
A sua experiência política é nula mas o seu sentimento activo e prático da política leva-os a acreditar no partido cujo ideário político é mais consistente e menos muda ou oscila e por conseguinte menos engana o inexperiente.
O eleitor conservador premeia, sobretudo, essa constância ideológica com a sua constância do voto. A coerência política do partido é tomada como se fora uma pessoa séria e honesta igual a si próprio, o votante.
A estratégia deste eleitor limita-se a sentir uma ligação de coerência do partido consigo próprio que lhe dá confiança no voto e lhe dita a fidelidade.
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