quinta-feira, abril 24, 2014

25 ABRIL 2014



Abril que foi o dia necessário,
que foi o dia inicial e claro
de nossas vidas, momento raro
de bem do belo, dia libertário
das bocas mudas, do medo
das sombras, das possibilidades
abertas, de vivas e liberdades,
de todas as esperanças soltas,
o que és hoje, em que enredos,
por que veredas andaste e voltas
deste que te perdeste, e tonto
errante voltaste ao ponto
de antigamente,
ferido de mente,
ferido de asa, de voos rasantes
restas tal como eras d'antes,
prisioneiro do engano, do fútil,
do inútil, das mil leis do funil
amordaçantes, humilhantes,
que hão de ressuscitar-te, Abril.

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