A UTOPIA DE JOSÉ PINTO CONTREIRAS, VIAS
AOS 24 ANOS E PRESTES A PARTIR PARA A FRENTE DE COMBATE DE LA LYS EM FRANÇA NA GUERRA DE 1914-18 JOSÉ PINTO CONTREIRAS, ALIMENTADO PELAS LEITURAS DA SEARA NOVA, PROUDHON, BLASCO IBANHES, VICTOR HUGO E OUTROS, JÁ VIVIA SOMHANDO COM A UTOPIA DO PROGRESSO SOCIAL.
SABE-SE AGORA, COM A DESCOBERTA NOS ARQUIVOS NACIONAIS DO HISTORIADOR INVESTIGADOR NEXENSE ARTUR BARRACOSA MENDONÇA DA DOCUMENTAÇÃO DO PROCESSO DE LEGALIZAÇÃO INSTITUCIONAL, EM ABRIL DE 1922, DA EXISTÊNCIA DE UMA "ASSOCIAÇÃO DE CLASSE DOS OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E ARTES CORRELATIVAS DE SANTA BÁRBARA DE NEXE" QUE JÁ FORA FUNDADA EM ABRIL DE 1917 E, NA QUAL, CONSTA NA LISTA DOS FUNDADORES A ASSINATURA DE JOSÉ PINTO CONTREIRAS.
EM PORTUGAL VIVIA-SE EM PLENA EBULIÇÃO POLÍTICA DA 1ª RÉPUBLICA E TODOS AQUELES OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL, FUNDADORES DA "ASSOCIAÇÃO" VIVIAM A UTOPIA DOS IDEAIS DO PROGRESSO SOCIAL RÁPIDO E AVANÇADO QUE O PENSAMENTO SOCIALISTA PROMETIA.
ESSA UTOPIA MENTAL DOS FUNDADORES ESTÁ BEM PATENTE NOS ESTATUTOS DA "ASSOCIAÇÃO" QUANDO NELES INSCREVE COMO SEUS FINS A ALCANÇAR:
- ESTABELECER ESCOLAS, BIBLIOTECAS, E AULAS DE INSTRUÇÃO PROFISSIONAL
-REALIZAR CONFERÊNCIAS OU PALESTRAS EDUCATIVAS SOBRE TODOS OS ASSUNTOS DE ORDEM PROFISSIONAL, CIENTÍFICO, SOCIOLODIA OU FILOSOFIA.
- EDITAR UM JORNAL, BROCHURAS OU MANIFESTOS CUJA DOUTRINA ESTELA EM CONFORMIDADE COM OS FINS DA "ASSOCIAÇÃO".
- MONTAR ESCOLAS-OFICINAS DAS ARTES DE CONSTUÇÃO CIVIL.
A UTOPIA DE 1917 DESTES GENEROSOS HOMENS FUNDADORES TERMINOU EM 1925 PORQUE, COMO SE DIZ NA CARTA DE PEDIDO DE DISSOLUÇÃO, «A QUASI TOTALIDADE DOS SEUS ASSOCIADOS HAVER EMIGRADO».
EMIGRARAM PORQUE A RÉPUBICA JÁ NÃO CORRESPONDIA AOS IDEAIS INICIAIS, VIVIA-SE UMA CONTURBADA E PERMANENTE INSTABILIDADE POLÍTICA, A MISÉRIA SOCIAL E A FALTA DE FUTURO ACENTUAVAM-SE RAPIDAMENTE, E A CONTRA-REVOLUÇÁO REACCIONÁRIA DO 28 DE MAIO DE 1926 ESTAVA EM MARCHA E IMINENTE.
CERTAMENTE, MUITOS DESTES FUNDADORES METERAM OMBROS ÀS SUAS UTOPIAS PESSOAIS E CONCRETIZARAM-NAS.
JOSÉ PINTO CONTREIRAS FOI UM DELES QUANDO, REGRESSADO DA GUERRA EM FRANÇA, SE LANÇOU NA CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO LUGAR, DEPOIS CHAMADO «O ALTO», COMO NOVA E MODERNA CENTRALIDADE DO SÍTIO DOS GORJÕES, TERRA DOS SEUS ANTEPASSADOS, ONDE REUNIU TODOS OS "MESTRES" DE ARTES E OFÍCIOS NECESSÁRIOS E FUNDAMENTAIS PARA APOIO AOS TRABALHOS DO CAMPO.
E, PARA A BOA CONVIVÊNCIA SOCIAL DO POVO, CONSTRUIU CASA PRÓPRIA DE SALÃO DE BAILE E BUFETE ESPAÇOSOS E MODERNOS E FUNDOU, COM OUTROS, A «SOCIEDADE RECREATIVA GORJONENSE».
A UTOPIA DUROU DÉCADAS E O SÍTIO FOI, DURANTE TODO ESSE TEMPO, ORGULHO DOS GORJONENSES.
Etiquetas: jose pinto contreiras, utopia
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