“Trump é outra coisa. É um homem dos nossos tempos,
compreendendo como ninguém o actual sistema mediático, a conjugação
entre a crise da comunicação social “séria” e a invasão do
entretenimento, a substituição da vida pelo reality show…”
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“E Trump compreendeu, e isso é sinal de uma considerável intuição
política, que havia uma América “esquecida” e que essa América não era a
da lista das minorias que Hillary Clinton enunciava,….”
Pacheco Pereira em artigo "Trump e os ciganos" no "Público"
Pacheco pode ter como alvo, cá dentro, os “nossos mais vocais grupos
feministas e anti-racistas e muita gente à esquerda que abraça causas de
género” como sublinha, mas a sua simpatia e entusiasmo vai especialmente para Trump e a sua
“considerável intuição política” e, partindo deste pressuposto
(eventualmente justificado por ter ganho as eleições, mesmo tudo indicar
tenha sido com o inverosímil conluio com os russos), serve-se dele para estabelecer um indisfarçável paralelismo de uma igual considerável intuição política atribuída ao André, seu camarada de partido.
Já um caso semelhante houve o ano passado quando Pacheco fez a apologia
do “cm” pela sua “considerável intuição jornalística” de ir à procura
das notícias que importava para as pessoas “esquecidas” tal como Trump
foi à procura, e descobriu visionariamente, a profunda América adormecida e esquecida.
Pacheco é, cada vez mais, um reaccionário desconfiado do futuro que só
olha para o passado com um pensamento que imita um Medina Carreira embora de forma mais
sofisticada como, de resto, o faz também o seu colega de a "quadratura" e sua alma gémea sempre de acordo mútuo, Lobo Xavier.
Mas Pacheco não só é
um desconfiado do progresso histórico (a realidade está sempre
mais próximo do que corre mal do que corre bem) como é, filosoficamente, um arreigado anti-racionalista não
crente nas capacidades racionais dos humanos. Ele lê o futuro apenas a partir dos males, desgraças e horrores do presente projectando os seus medos e temores, agora, não para os amanhãs que cantam mas para os amanhãs que uivam.
Assim, ele diz que Trump é um homem dos "nossos tempos" que, entre várias visões
de grande lucidez, viu “a substituição da vida pelo reality show”. Mas o
que Pacheco, como estudioso da história responsável e não opinador-compulsivo bem pago à linha, nos deveria dar era um estudo crítico que nos explicasse fundadamente o que são e qual o futuro desses novos “nossos tempos” , o que significam, o que valem, a que correspondem e para onde nos conduzem, se são bons ou maus e sobretudo se são para ficar ou, como sempre, são novamente mais uma aplicação de moda
passageira até à próxima ideia-moda política para ir aguentando o barco à tona do sistema sob tormenta.
Sabido que a actual política dos "nossos tempos" é feita e comandada a partir dos ideais da plutocacia financeira mundial que desde há décadas montaram o sistema e que o trumpismo é a subida ao cume dessas políticas destrutivas da vida e existência da maioria da população existente nos "nossos tempos", qualquer historiador sério e não engajado a ideais retrógrados ou corrupto, deduziria que tais ideias-moda impingidas aos povos pelo domínio total dos meios de comunicação não só não vai fazer durar muito mais tempo “os nossos
tempos” como vai servir de vacina e anticorpo aos povos do mundo contra
tais manipulações e antidemocráticas práticas políticas.
Pelo que diz, Pacheco, parece acreditar que a substituição da “vida pelo
reality show” é uma verdade que a história já confirmou e é um dado
adquirido dos “nossos tempos”. Pacheco não acredita na racionalidade
humana e já pensa que somos todos macacos ou cães de Pavlov: está
rotundamente enganado.
Aliás, está enganado agora que vê no Trump americano como nos trumps à
poruguesa uma visão política regeneradora, tal como estava enganado quando
teve a visão de ter visto no Iraque armas de destruição maciça juntamente com
os homens de grande intuição política dos "nossos tempos", Bush, Asnar, Blair e o seu amigo Durão Barroso.
Assim, ele diz que Trump é um homem dos "nossos tempos" que, entre várias visões de grande lucidez, viu “a substituição da vida pelo reality show”. Mas o que Pacheco, como estudioso da história responsável e não opinador-compulsivo bem pago à linha, nos deveria dar era um estudo crítico que nos explicasse fundadamente o que são e qual o futuro desses novos “nossos tempos” , o que significam, o que valem, a que correspondem e para onde nos conduzem, se são bons ou maus e sobretudo se são para ficar ou, como sempre, são novamente mais uma aplicação de moda passageira até à próxima ideia-moda política para ir aguentando o barco à tona do sistema sob tormenta.
Pelo que diz, Pacheco, parece acreditar que a substituição da “vida pelo reality show” é uma verdade que a história já confirmou e é um dado adquirido dos “nossos tempos”. Pacheco não acredita na racionalidade humana e já pensa que somos todos macacos ou cães de Pavlov: está rotundamente enganado.
Aliás, está enganado agora que vê no Trump americano como nos trumps à poruguesa uma visão política regeneradora, tal como estava enganado quando teve a visão de ter visto no Iraque armas de destruição maciça juntamente com os homens de grande intuição política dos "nossos tempos", Bush, Asnar, Blair e o seu amigo Durão Barroso.