sexta-feira, outubro 27, 2017

"A MANCHA" DE UM FALHADO POLÍTCO

 

A mancha

 [Sócrates] Foi primeiro-ministro e devia saber, sabia de certeza, o que significa viver numa economia de cash em maços de notas. E depois? Como era? Pagava também ele tudo em dinheiro vivo? Pedia facturas? Declarava aos impostos o que devia declarar...?  
Pode-se ter amigos cujo comportamento é ou foi pouco ético, ou até, no limite, que tenham cometido crimes. Pode-se continuar a ser amigo deles, respeitar e estimar outras qualidades humanas. Mas não se pode em nome da amizade, legitimar o que de errado fizeram. Ainda mais do que isso: ajudar a justificar, apagar, rasurar, esquecer, olhar para o lado, colaborar, então isso significa ser cúmplice. Se as razões dessa atitude forem políticas ou resultado de uma qualquer abstrusa tese conspirativa, então ainda pior.

O acto do Porto foi uma manifestação política pública, não foi uma apresentação de um livro de autoria indefinida, atribuído a José Sócrates. Como tal deve ser julgado, política e civicamente. Neste caso, as pessoas que no Porto lhe foram prestar vassalagem, render homenagem, dar solidariedade pública, não podem alegar ignorância de coisa nenhuma. Algumas podem ser inocentes e achar que é tudo uma enorme perseguição ao homem, o mesmo homem que justifica ter recebido "ajudas" de um amigo em dinheiro vivo, porque ele assim o desejava. Este homem foi primeiro-ministro e devia saber, sabia de certeza, o que significa viver numa economia de cash em maços de notas. E depois? Como era? Pagava também ele tudo em dinheiro vivo? Pedia facturas? Declarava aos impostos o que devia declarar mesmo com essa economia, para não lhe chamar outra coisa, "informal"? E por aí adiante. É possível pegar apenas nas suas justificações, sem precisar de uma página do processo, para compreender que ele nos toma por parvos. Fora o resto.


 Pacheco Pereira na "Sábado"
 

O incompetente político, amigo colaborador íntimo de Cavaco, Duarte Lima & Durão Barroso durante anos, vem-nos despudoradamente informar que, apesar das corrupções e crimes destas personagens pavorosas, ainda assim, pode continuar a ser amigo deles, e "respeitar e estimar neles outras qualidades humanas". Aos que não têm a capacidade de respeitar e estimar as "outras qualidades" dos corruptos o Pacheco quer colar-lhes na pele de cidadãos livres uma "mancha". Qual? O hábito do condenado ao auto-de-fé pela Inquisição ou a estrela amarela dos condenados pelo nazismo!
Este figurão intelectual que apelida de cúmplice os que confiam na integridade de Sócrates, sobre quem ainda ninguém provou qualquer crime nem o MP após dez anos de feroz perseguição investigadora, vem este dilecto braço direito de Duarte Lima que toda Lisboa de negócios sabia corrupto até ao tutano e que enriqueceu brutalmente de repente mas, sobre o qual, Pacheco nunca deu por nada, nunca cheirou ou sentiu nada logo, ele não é cúmplice da corrupção e banditismo de quem convivia cu com cu nos bancos da AR, contudo, quem se atreve aproximar-se um instante do seu inimigo de estimação, " então isso significa ser cúmplice" segundo a doxa do Pacheco.
Nunca viu nada acerca do enriquecimento abrupto de Duarte Lima nem de vários ministros e secretários de Estado nem do próprio Cavavo e nem sequer dos muitos seus amigos do BPN. Contudo o Pacheco viu e vê corrupção e crime em todo o tipo de comportamento de Sócrates como pedir dinheiro a um amigo, usar notas em vez de cheques, por lançar livros no mercado que "não" escreveu ou por "pôr-se a jeito" e outras "criminalidades" gravíssimas para a sua moral inquisitorial de falhado político cavaquista vingativo.
Este farejador cheira em Sócrates corrupção em tudo que o homem tocou sem lidar com a criatura mas levou anos encostado aos altamente corruptos do cavaquistão e nunca lhe cheirou nada de nada, nadinha, mesmo quando o mau cheiro já impestava o país.
Também nunca viu e ainda hoje não vê o que todos já viram: a dimensão continental da corrupção de Durão que além do flagrante interno no caso dos submarinos elevou a parada à  dimensão de corrupto universal quando se vendeu a Bush, sob uma mentira global, para apoiar e declarar guerra ao Iraque a troco dos portugueses por um lugar de Presidente Europeu.
E, tu Pacheco, amigo de Durão e à espera do cadeirão prometido de embaixador na OCDE em Paris apoiaste a mentira e a guerra suja do Iraque. Nenhum português se lembra de obra que tenhas feito e deixado em prol do país mas todos nos lembramos das tuas idiotas visões onde topavas lá longe no Iraque armas de destruição em massa mas não topavas à frente dos olhos o enriquecimento ostentatório dos teus crreligionários  de partido nem vias no campo "vacas loucas" mesmo quando elas já eram uma potencial calamidade de saúde pública.
Sim, e não és cúmplice junto da opinião pública tal como Durão porque os media, tais como o "cm" e a "Sábado", que te pagam não te escarrapacham de forma acusatória e diariamente nas capas como fazem a Sócrates.
Não és cúmplice publicamente porque te corrompes vendendo a tua doxa apologética a esses pasquins para passares impune: apenas passas por não cúmplice junto dos ignorantes e embasbacados da tua maquiavélica sofística porque vendes corrupção mental bem paga a troco de insinuações irracionais e saltos ilógicos .

A verdadeira "mancha" deste requisitório de calibre inquisitorial és tu Pacheco, falhado político, tu sim és cúmplice do maior e mais descarado grupo de corruptos políticos que passam por um Presidente, um Primeiro Ministro e dezenas de ministros e secretários de Estado e, sobretudo, o teu Chefe de Bancada Parlamentar corrupto e pistoleiro acusado de assassinato a sangue frio de quem foste braço direito anos a fio.
Esta tua "mancha" onde revelas querer ser carrasco não só do acusado como até dos que privam com ele e acreditam na sua inocência prova de que a tua escola estalinista de juventude está-te incrustada na mente e salta de lá logo que queres abater alguém que te é superior politicamente e, quiçá, intelectualmente e do qual tens dor de cotovelo. Mas consegues ir além do teu saber estalinista aliando a essa mentalidade um saber de historiador acerca dos métodos da Inquisição. Pois o teu escrito acusatório moralista "a mancha" é digno de figurar nos manuais da dita Inquisição.
Realmente nunca foste tão descaradamente vil ao ponto de quereres condenar familiares, amigos e apoiantes políticos para que o homem seja condenado à morte lenta encerrado, isolado e escondido vivo numa masmorra cavernosa da "lepra" que lhe queres atribuir.
Não, não escreveste "a mancha" do teu inimigo político, não, o texto acima é o acordão de um julgamento político com sentença de pena de morte lenta sob um secreto desejo de maldição sobre um homem, seus familiares e amigos. Que, provavelmente, dada a barbaridade inquisitorial do teu pensamento, desejas que seja uma condenação trágica válida até à quinta geração ou para sempre.
Ifigénia foi imolada pelo pai para acalmar os deuses e a armada grega pudesse prosseguir viagem para Tróia, igualmente os pachecos deste país exigem sacrificiar Sócrates como exorcismo da imunda corrupção do mundo cavaquistão e catarse do povo da Nação.  
Também o grego Protágoras dizia que "O homem é a medida de todas as coisas" pois este teu maldito escrito é, precisamente, a medida da tua própria "MANCHA".
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