quarta-feira, novembro 15, 2017

EDUARDA CHIOTE: FIAT LUX


 
 

Foi no dia 10 deste mês que na livraria Ferin foi apresentado o novo livro de Eduarda Chiote, "FIAT LUX".
Eduarda Chiote quando jovem colaborou com alguns jornais do Porto e estreou-se na Literatura em 1975 com o livro "Esquemas" e na poesia com o poema "Estilhaços" incluído no livro "A Jovem Poesia Portuguesa - I".
A impressão que transparece deixada inscrita de forma brilhante neste profundo Fiat Lux de 36 poemas é aquela de sempre e de todos pensadores filósofos, poetas, escritores ou sábios ao longo da vida: o que é? O que é, foi esta viagem pela vida dos humanos que chegamos ao final repetindo sempre as mesmas dúvidas envolvidos nos mesmos mistérios indecifráveis da existência.
Como diz a poetisa: «Um espantoso prazer destrutivo, infectado de vírus, poderá tornar-se, à escala planetária, no desamor e expectativas que tanto nos podem levar à criatividade quanto ao suicídio», ou: «Esquece! É tão néscio querer agarrar o sol quanto o seu reflexo e a vida talvez seja o falo mais feroz de mastigar» ou ainda: « Que era o homem antes do homem, o homem que pelos vistos não tem uma natureza humana a tempo todo, a tempo inteiro».
Em praticamente todos os poemas há uma interrogação acerca do que é este homem que consubstancia em sua natureza capacidades iguais do bem e do mal, do belo e do horrível, do amor e do terrível.
«Como cheguei aqui?» diz a poetisa «onde tudo o que nos acontece já nos tinha acontecido e cuja origem está no fim que não no princípio que lhe consagra os sinais contrários».
Pois é, o mistério de todos os seres viventes.     

Etiquetas: ,