O VERDADEIRO ARTISTA QUE PINTOU O CRIVELLI
Este pandego, há pouco, discutindo com outros na "cmtv" o caso da actualidade Ronalto e enquanto a dita tv projevtava a capa dum jornal italiano com o título "CRSEX" a letras pescoço de girafa, contra os outros três opinadores, repetia que não era nacionalista e que a Pátria e o patriotismo não lhe diziam nada.
Enquanto os outros defendiam o que Ronaldo já fizera pelo país e nome de Portugal no mundo e enalteciam as qualidades de atleta de eleição reconhecido universalmente e que isso era bom e meritório em prol dos portugueses, o pandego, contrapunha que os golos eram do Ronaldo e não dele, as taças, bolas de ouro, botas de ouro, medalhas e honrarias que ganhava eram dele e não suas, que ser campeão europeu era dele e dos jogadores e não seu e que, portanto, como não era nacionalista nem amante de patriotismos tudo isso para ele não valia nada.
O pandego, como bom e velho "pensionista" do "cm" alinhava ali, de cabeça toda lá metida, com o regime editorial do pagador da sua amistosa "pensão": Ronaldo não é aquele que deitou fora o microfone do "cm" que uma pesporrenta jornalista lhe queria fazer engolir à força? Era! Então, aproveitemos e vamos ao mata, mata.
Desse modo o pandego, grande intelectual manipulador de palavras, capaz de ofuscar Ronaldo com duas dicas nunca lidas nem ditas, contra os outros opinadores, remetia sempre para a incapacidade de Ronaldo voltar ao que era antes face à gravidade do acto cometido (o Der Spiegel, o Washington Post, o New York Times dixit, evocava) mesmo que ele, Ronaldo, continue sendo o mesmo e igual jogador e goleador ou o melhor do mundo e de sempre: fora marcado a ferro na pele com uma nódoa reluzente e inapagável para a vida.
Amanhã ou depois, no mesmo local e cadeirão em que ontem linguajava assim com tal argumentação libertária sempre em desfavor de Ronaldo, aparece a defender e regozijar-se com as vitórias do FCP ou a maldizer e sofrer com as suas derrotas tal qual um ferrenho portucalense puro contra os sulistas mouros.
Nada de admirar, pois, este era um dos homem do "plano inclinado" que era a subir ou a descer conforme a sua ideológica inclinação mental.
Nada de admirar, pois, este era um dos homem do "plano inclinado" que era a subir ou a descer conforme a sua ideológica inclinação mental.
Também agora se percebe facilmente, face ao seu não-nacionalismo e não-patriotismo, porque contra tudo e contra todos, decretou que o famoso e valioso quadro do Crivelli podia sair do país sem qualquer reserva.
Após cerca de vinte anos de interdição do dito quadro, pelos governos de Portugal, de sair do país e contra todos os pareceres dos homens da cultura, mesmo os da Secretaria de Estado que o pandego chefiava, foi decretado que sim, podia ser vendido, lá fora.
E assim foi. E foi-se.
O amigo livreiro e patrão do pandego comprou o quadro, cá dentro, por tuta e meia visto que estava interdito saír do país e depois o dito pandego autorizou a saída do quadro para lá fora onde foi vendido por alguns milhões.
Toda a gente conhece aquelas histórias dos terrenos "não urbanizáveis" à volta das Vilas e Cidades até que vão parar às mãos certas por tuta e meia e logo no ano seguinte os ditos terrenos passam, por artes mágicas de secretaria, a fazer parte da zona urbanizável e o valor decuplica do dia para a noite.
Pois como vêem nem só com os terrenos à volta das Vilas e Cidades estes golpes de mágica acontecem.
Seja em que arte for qualquer verdadeiro artista se revela mestre.
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