DE ERECTUS A SAPIENS DA TRISTE FIGURA.
A apanhar frutos da árvore e criar instrumentos
De domínio sobre a terra, sobre o irmão, sedentos
De poder, aliados do divino único ou dos profanos
Conforme o que dá mais jeito aos divinos manos
Deus e Rei, donos do culto e oculto, passatempos
Dos círculos de elites sábias senhoras dos mistérios
Conhecidos e desconhecidos por si interpretados,
Explicados ou interditados conforme aos fados
Do poder e do mando imperativo de impérios
De ontem e de sempre sob o jugo dos critérios
Do politicamente correcto e útil a bem dos Estados
E chegámos ao hoje e o “Erectus” pela razão pronta
Quer ser rei, quer ser deus, quer ser a terra e o céu,
Quer ser o profeta de quanto ainda não aconteceu,
Quer ser ele e ele réplica de todos; o faz de conta
A espreitar o buraco negro e decifrar a eterna afronta
De não saber quem é e donde veio e porque é réu
Do mundo, e não o mundo réu de sua vontade.
Porquê sendo um igual face à lei não é ele a lei e o juiz
E sendo um tudo em um é um pobre diabo infeliz.
O “Erectus” coitado não vê que já é tão-só formalidade
A forma adaptável
absoluta, a perfeita matriz
Vazia despejo do caneiro mediático, a pura moldura
Do ínclito algoritmo gerador de “sapiens” da triste figura.
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