MARAFAÇÕES XIV
ANTÓNIO BARRETO OU BARRETE
O comentário do snr. António Barreto, hoje no Público, revela que a habitual lucidez do senhor anda assustadoramente a perder qualidade. Perguntar:«acha(Sócrates) normal que um deputado, ministro depois, se matricule em curso superior e obtenha diploma académico de recurso em três universidades diferentes, ainda por cima em estabelicimento não reconhecido pela respectiva Ordem profissional!
Perguntar:«um 1º ministro que não percebe que um deputado e um membro do governo não têm os mesmos direitos, ou antes, as mesmas faculdades que os outros cidadãos e não podem nem devem apresentar-se como candidatos a cursos pós-laborais que lhe confiram o estatuto académico a que aspiram!
Perguntar:«Ter tentado justificar o facto de se matricular como "humilde deputado", e de se graduar, como ministro é inútil. Mas revela uma crença perigosa: a de que acha natural e legítimo que um deputado e um membro do governo possam fazer tudo isto!
Fazer tais perguntas revelam dum elitismo bafiento muito mal cheiroso. O professor Barreto provávelmente ao atingir o grau de professor universitário ficou a saber tudo e para toda a vida portanto acha uma desonra voltar aos bancos da escola, e assim deverá ser para um deputado ou ministro ou membro do governo. E em situação pós-laboral? Mas que ignomínia santo Deus.
O dito pelo senhor Barreto não merece comentário e devem ser lidos com atenção e meditação. São perigosamente atentatórios da educação e do direito ao aperfeiçoamento intelectual permanente que qualquer homem racional deve desejar e assumir e por maioria de razão qualquer político responsável.
Francamente nunca vi, por parte dum intelectual, tamanha intifada contra a vontade de obter conhecimento, isto é, contra a cultura.
Perguntar:«um 1º ministro que não percebe que um deputado e um membro do governo não têm os mesmos direitos, ou antes, as mesmas faculdades que os outros cidadãos e não podem nem devem apresentar-se como candidatos a cursos pós-laborais que lhe confiram o estatuto académico a que aspiram!
Perguntar:«Ter tentado justificar o facto de se matricular como "humilde deputado", e de se graduar, como ministro é inútil. Mas revela uma crença perigosa: a de que acha natural e legítimo que um deputado e um membro do governo possam fazer tudo isto!
Fazer tais perguntas revelam dum elitismo bafiento muito mal cheiroso. O professor Barreto provávelmente ao atingir o grau de professor universitário ficou a saber tudo e para toda a vida portanto acha uma desonra voltar aos bancos da escola, e assim deverá ser para um deputado ou ministro ou membro do governo. E em situação pós-laboral? Mas que ignomínia santo Deus.
O dito pelo senhor Barreto não merece comentário e devem ser lidos com atenção e meditação. São perigosamente atentatórios da educação e do direito ao aperfeiçoamento intelectual permanente que qualquer homem racional deve desejar e assumir e por maioria de razão qualquer político responsável.
Francamente nunca vi, por parte dum intelectual, tamanha intifada contra a vontade de obter conhecimento, isto é, contra a cultura.
Etiquetas: crónica comentário
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