LISBOAS
LISBOA I
Através da poetisa amiga Eduarda Chiote, mãe de Joaquim Pinto, fui convidado pela Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema e FILMEBASE para a ante-estreia dos filmes de Joaquim Pinto e Nuno Leonel:
.SOL MENOR / 2007, 7 minutos.
.SEGURANÇA MARÍTIMA, PASSADO PRESENTE E FUTURO/2005, 28 minutos.
.ENTREVISTA COM YVONNE BEZERRA DE MELO/2004, 33minutos.
.PORCA MISÉRIA/ 2007, 4 minutos.
O filme SOL MENOR trata de imagens captadas inorgânicamente pela ilha de Santa Maria dos Açores num período em que a actividade e radiação do sol é menor. São imagens da natureza ou da actividade humana característica da Ilha, que no caso captadas por mão de cineastas experientes e estéticamente exigentes, acabam por nos maravilhar pela beleza e pelo significado.
O filme SEGURANÇA MARÍTIMA, PASSADO, PRESENTE E FUTURO, é um novo documentário sobre as questões da pesca nos Açores, que vem na sequência de outro, "Rabo de Peixe" de 2006. Este tratava da faina da pesca ao vivo, com os próprios pescadores envolvidos no recolher das redes em pleno mar das ilhas altamente encrespado e os perigos decorrentes dessa situação, que a câmara capta de tal modo que nos faz sentir dentro do barco. Tendo conhecimento deste primeiro filme a Associação Marítima Açoriana convidou os realizadores a fazer este filme de recorte didáctico para a formação na área da segurança no mar. Embora sendo seu objecto principal ligar a noção de formação ao quotidiano da pesca, os responsáveis pelo filme, como homens do cinema a sério, não se deixaram cair no facilitismo ou amadorismo. Filmaram as situações de exemplo formativo com criatividade fílmica e de montagem de modo que a beleza e ritmo do filme se imponha arrastando consigo o didactismo pretendido.
O filme ENTREVISTA COM YVONNE BEZERRA DE MELO, trata do problema social que se tornou mundialmente conhecido como os "Meninos de Rua" do Rio de Janeiro. Yvonne é uma artista plástica que viveu muitos anos na Europa e ao voltar para o Brazil, chocada com a situação de violência sobre as criânças de rua, assumiu sozinha o combate e defesa dessas criânças. Foi responsável pela denúncia internacional do massacre da igreja da Candelária e pelo processo instaurado às forças policiais intervenientes. A entrevista relata de forma serena o dia a dia dos meninos que vivem debaixo dos viadutos nos subúrbios do Rio e mendigam aos automobilistas nos semáforos, e como ainda criânças já têm marcas evidentes de mazelas da droga e da prostituição a que são submetidos pelos traficantes mais velhos. Diz Yvonne, que um dia, a experiência adquirida fará dos miúdos de hoje os mais velhos de amanhã e as relações de poder entre eles perpetuam um ciclo infernal do qual poucos escapam. O seu trabalho e aposta diária é exactamente ajudar o maior número possível a libertar-se desse ciclo miserável de vida curta.
O filme PORCA MISÉRIA, é um pequeno filme de animação, feito tradicionalmente, sem recurso a meios computorizados, sem por isso deixar de nos sensibilizar, ou talvez por isso, pela emgenhosa e imaginativa ilustração do porquinho de porcelana feito sem amor para ser mealheiro duma família abastada que igualmente o tratava sem consideração. Decadente e abandonado foi parar a casa de pessoas pobres que o amavam tanto como às poucas moedas de que dispunham para lhe pôr dentro. Com o amor dos donos pobres ele sentiu-se mais rico de bem estar consigo próprio.
LISBOA II
Depois de assistir aos filmes acima descritos e, depois de uma saltada a Nisa para uma reunião de confraternização, em casa do meu colega de guerra, furriel Chambel, que juntou vários comandantes de pelotão e secção da nossa Unidade à volta duma mesa isenta de "ração de combate" e farta de apetitosa "refeição quente", no bonito páteo vestido de canteiros de flores, onde apenas o mau tempo nos ameaçava, mas não metia medo e até parecia tempo de praia a quem viveu debaixo de fogo tantos momentos e estava ali para recordar esses tempos de perigos comuns, cimento duma amizade à prova de bala que se mantem há quase meio século, voltei a Lisboa para visitar a 77ª feira do livro em cuso.
Visitei a feira segunda-feira para uma observação geral e adquirir alguns livros que sobraram da lista do ano passado e na terça-feira para ir buscar os mais cobiçados durante a obsevação do dia anterior. Vim carregado, agora resta arranjar tempo para a leitura ou acabar por os colocar na estante sem esquecer pois, quem sabe um dia não terei de ler à pressa para me documentar para um post, já que a ciência de computador não é muito fiável.
.SOL MENOR / 2007, 7 minutos.
.SEGURANÇA MARÍTIMA, PASSADO PRESENTE E FUTURO/2005, 28 minutos.
.ENTREVISTA COM YVONNE BEZERRA DE MELO/2004, 33minutos.
.PORCA MISÉRIA/ 2007, 4 minutos.
O filme SOL MENOR trata de imagens captadas inorgânicamente pela ilha de Santa Maria dos Açores num período em que a actividade e radiação do sol é menor. São imagens da natureza ou da actividade humana característica da Ilha, que no caso captadas por mão de cineastas experientes e estéticamente exigentes, acabam por nos maravilhar pela beleza e pelo significado.
O filme SEGURANÇA MARÍTIMA, PASSADO, PRESENTE E FUTURO, é um novo documentário sobre as questões da pesca nos Açores, que vem na sequência de outro, "Rabo de Peixe" de 2006. Este tratava da faina da pesca ao vivo, com os próprios pescadores envolvidos no recolher das redes em pleno mar das ilhas altamente encrespado e os perigos decorrentes dessa situação, que a câmara capta de tal modo que nos faz sentir dentro do barco. Tendo conhecimento deste primeiro filme a Associação Marítima Açoriana convidou os realizadores a fazer este filme de recorte didáctico para a formação na área da segurança no mar. Embora sendo seu objecto principal ligar a noção de formação ao quotidiano da pesca, os responsáveis pelo filme, como homens do cinema a sério, não se deixaram cair no facilitismo ou amadorismo. Filmaram as situações de exemplo formativo com criatividade fílmica e de montagem de modo que a beleza e ritmo do filme se imponha arrastando consigo o didactismo pretendido.
O filme ENTREVISTA COM YVONNE BEZERRA DE MELO, trata do problema social que se tornou mundialmente conhecido como os "Meninos de Rua" do Rio de Janeiro. Yvonne é uma artista plástica que viveu muitos anos na Europa e ao voltar para o Brazil, chocada com a situação de violência sobre as criânças de rua, assumiu sozinha o combate e defesa dessas criânças. Foi responsável pela denúncia internacional do massacre da igreja da Candelária e pelo processo instaurado às forças policiais intervenientes. A entrevista relata de forma serena o dia a dia dos meninos que vivem debaixo dos viadutos nos subúrbios do Rio e mendigam aos automobilistas nos semáforos, e como ainda criânças já têm marcas evidentes de mazelas da droga e da prostituição a que são submetidos pelos traficantes mais velhos. Diz Yvonne, que um dia, a experiência adquirida fará dos miúdos de hoje os mais velhos de amanhã e as relações de poder entre eles perpetuam um ciclo infernal do qual poucos escapam. O seu trabalho e aposta diária é exactamente ajudar o maior número possível a libertar-se desse ciclo miserável de vida curta.
O filme PORCA MISÉRIA, é um pequeno filme de animação, feito tradicionalmente, sem recurso a meios computorizados, sem por isso deixar de nos sensibilizar, ou talvez por isso, pela emgenhosa e imaginativa ilustração do porquinho de porcelana feito sem amor para ser mealheiro duma família abastada que igualmente o tratava sem consideração. Decadente e abandonado foi parar a casa de pessoas pobres que o amavam tanto como às poucas moedas de que dispunham para lhe pôr dentro. Com o amor dos donos pobres ele sentiu-se mais rico de bem estar consigo próprio.
LISBOA II
Depois de assistir aos filmes acima descritos e, depois de uma saltada a Nisa para uma reunião de confraternização, em casa do meu colega de guerra, furriel Chambel, que juntou vários comandantes de pelotão e secção da nossa Unidade à volta duma mesa isenta de "ração de combate" e farta de apetitosa "refeição quente", no bonito páteo vestido de canteiros de flores, onde apenas o mau tempo nos ameaçava, mas não metia medo e até parecia tempo de praia a quem viveu debaixo de fogo tantos momentos e estava ali para recordar esses tempos de perigos comuns, cimento duma amizade à prova de bala que se mantem há quase meio século, voltei a Lisboa para visitar a 77ª feira do livro em cuso.
Visitei a feira segunda-feira para uma observação geral e adquirir alguns livros que sobraram da lista do ano passado e na terça-feira para ir buscar os mais cobiçados durante a obsevação do dia anterior. Vim carregado, agora resta arranjar tempo para a leitura ou acabar por os colocar na estante sem esquecer pois, quem sabe um dia não terei de ler à pressa para me documentar para um post, já que a ciência de computador não é muito fiável.
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