terça-feira, janeiro 27, 2009

MODOS DE ACREDITAR

OU NÃO
No "Abrupto", post "Índice do Situacionismo (13)" Pacheco Pereira confessa o seu venenoso táctico anti-sócratismo, tratando subreptícia e subjacentemente o PM por mentiroso profissional, quando afirma que "...desde o caso do diploma e das casas, que não acredito na sua palavra".
Mas:
- Acreditou piamente no Bush (Durão Barroso), àcerca da existência de armas de destruição maçica no Iraque.
- Acredita que o caso Obama, pelos sinais, não passa de propaganda e espectáculo, sem mais.
- Acredita ainda na bondade da política de Bush e elogia-o na hora da abalada.
- Não acreditou no Santana Lopes, e por tal rejeitou o lugar de embaixador na Unesco, que Durão Barroso lhe destinara, reservara e nomeara.
- Acreditou em Ferreira leite porque esta não acreditara em Santana Lopes.
- Nao acredita em Santana Lopes, por isso mudou de Concelho para não votar no dito.
- Acredita em Ferreira Leite, não obstante esta agora acreditar em Santana Lopes e não obstante ele continuar a não acreditar em Santana Lopes.
- Não acreditou na existência de "vacas loucas" em Portugal, e tentou desacreditar o facto, enxovalhando ignóbilmente António Campos, quando este denunciou o caso em plena Assembleia da República.

Também a minha mulher, face à raiva impotente perante o enigma de haver cada vez maior número de casos de "Alzheimer" entre conhecidos e familiares, me responde sempre que acredita que tal doênça se deve, de certeza, ao abuso público de manter o mercado, escondidamente, infestado de carne de "vacas loucas". Penso que Pacheco P. nunca acreditará em tal, mas ela acredita. Acreditamos sempre naquilo que conforta mais a nossa dor.