domingo, agosto 13, 2017

O ALDRABÃO E O LADRÃO POLÍTICOS


Coexistem neste momento duas manobras políticas dos adversários para travar as candidaturas destas duas figuras, contudo, ambas, executadas por manhoso manobrismo político e não pelas verdadeiras razões segundo as quais deveriam ser corridos sem apelo pelos eleitores.
Caso do Porto. Rui Moreira fez-se político e vive da política fazendo propaganda baixa e populista contra os partidos. Para tal figurão os 'partidos' são a origem dos males, desgraças, podridões e corrupção que assolam o país em contraponto aos 'independentes' do seu 'movimento' que apresenta como se fossem um grupo de imaculada gente mais próprios para figurarem num altar ao lado do perfeitíssimo Moreira.
Para tal figurão, tal como para Pacheco Pereira, nos 'partidos' prevalece à frente uma oligarquia sem valores morais ou sociais que trata primeiro dos interesses pessoais e do partido o que tudo perverte. Ao contrário, no seu 'movimento' todos se movimentam num caminho de calvário pessoal que redime o povo dos pecados dos 'partidos'.
A palavra 'partido' para o figurão faz-lhe azia e pele de galinha, contudo, oportunista desavergonhado coloca tal palavra no centro significativo do principal slogan da sua propaganda de candidatura. Os 'partidos' de áreas ideológicas constituídos e existentes no local com gente do Porto são o mal, mas se a mesma gente se juntar em nome do 'partido do Porto' passa, automáticamente, a fazer parte do bem.
Qual a diferença!: demagogia e oportunismo. Moreira usa de engano e manipulação do zé povinho ingénuo pela insinuação de que é independente das corporações comerciais e industriais e respectivas elites que as servem nas várias áreas e, desse modo, usa o engodo do 'movimento' o qual, apregoa,  apenas joga pelo Porto e une o Norte para o fazer forte contra os 'partidos' que jogam contra o Porto e o dividem para o enfraquecer e poder explorar.
A palavra 'partido' é usada com pesada carga valorizada negativa e pejorativamente pelo 'movimento' para, com um golpe de mágica de elevado oportunismo político poder ser usada pelo próprio 'movimento' em nome da Cidade como redentora desta. Uma manobra de puro engano gizada por um verdadeiro aldrabão político.
Caso de Oeiras. Bem, neste caso, embora numa escala maior e forma mais desenvergonhada, existe um método com semelhanças ao anterior e muito revelador da degradante consciência de valores do nosso eleitorado.
Basta lembrar aquilo que todos dizem em Oeiras e arredores à boca grande àcerca do Isaltino e que é: «ele rouba mas faz». Com esta racionalidade de valores invertidos os de Oeiras, autarquia com o maior numero de licenciados por m2, elegem o Isaltino consecutivamente e, parece, preparam-se para o eleger novamente.
E, deste modo, é lógico que o Isaltino pense igualmente, segundo a mesma racionalidade e seguindo o seu método de autarca modelo, que "quanto mais faz mais pode roubar", pois constata na prática que os oeirenses o autorizam a roubar para fazer algo por eles. Aqui, trata-se já não de ganhar votos por aldrabice mas ganhar votos pelo roubo em benefício pessoal. Aqui, já não só o candidato é corrupto conhecido à partida como até o eleitorado se tornou corrupto por apoiar e ser conivente com o método de corrupção usado pelo candidato.
Os eleitores de Oeiras que elegem o seu autarca sendo conhecedores de antemão do método isaltineano são tão corruptos como o próprio Isaltino pois consentem que ele os roube para depois o ladrão eventualmente 'fazer' por eles algo não dito, não escrito, tão incerto como indefinido. Aqui tudo não passa de um esquema de um roubo consentido por aprovação e aplauso dos eleitores numa operação de   ladroagem completamente imoral, ilegítima e ilegal.
O autarca modelo de Oeiras é modelo, sim, mas é no método modelo de roubar.

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