quarta-feira, abril 24, 2019

FEIRA DO CARACOL, Stª BÁRBARA DE NEXE 21ABRIL2019

Antigamente, quando eu era miúdo e até ser rapaz, e quando as Feiras eram importantes encontros de mostras e venda de produtos locais e, simultâneamente, uma animada e esperada Festa para estrear "fatiotas" novas, comprar novidades, divertir-se no sempre presente pequeno carrossel, comprar os "bácoros" para criar durante o ano no pocilgo doméstico, comprar brinquedos e doces e até ir ao homem da máquina de tirar fotografias para a habitual recordação de grupo de amigos ou familiares e, tudo isso, ao som da música alta do carrossel e por entre a barafunda de vendedores de produtos das hortas, animais e, sobretudo, de nêsperas em grandes canastras que davam o ambiente e nome àquele Mercado em Festa: "Feira da Nêspera".
Ficou famosa aquela cena do poeta Bexiga ir junto duma mulher que tinha a grande canastra quase cheia para vender e perguntar quanto custava uma "barrigada" de nêsperas ao que a mulher, depois de olhar para o poeta e pensar, respondeu; dez tostões (um escudo).
Negócio feito e o forte, corpulento e esfomeado poeta começa a comer nesperas e só parou no fundo da canastra.
Dizia-se que o poeta perante a mulher que se queixava de ter ficado mal no negócio e sem nêsperas para vender lhe respodeu: olhe e eu fiquei sem dinheiro.
Naquele tempo a Feira era também um local de passeio para rapazes e raparigas se encontrarem e reforçarem laços de namoro pois era um hábito os namorados ou pretendentes oferecerem um "Prenda de Feira" à pretendida e à noite havia o célebre baile do "Cavaco" para terminar em Festa.

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