quinta-feira, abril 30, 2020

TEMPOS DE PANDEMIA E CONFINAMENTO 4

O maldito mal da peste do coronavírus também nos trouxe algumas coisa menos más e até coisas boas ao mundo da vida quaotidiana.
Desde logo porque tendo infectado o ar que respiramos à superfície próximo das pessoas contribuiu para desinfectar o ar do céu permitindo também respirar o ar puro que vem do alto.
Se bem que temos agora uma TV ocupada em maioria por cientistas de laboratório ainda proliferam por lá muitos cientistas de bancada, ainda assim, melhorou o nosso estado ambiental relativamente ao anterior de permanente chinfrineira futebolística em todos os canais de forma permanente.
Alguns cromos tão chatos como o morder das pulgas deixaram de nos morder o juízo, olhos e ouvidos como;
O Marta Soares, maioral dos bombeiros, que não teve imaginação para usar o seu poder de combate aos fogos face às labaredas do vírus e, consequentemente, reivindicar estar nas três TVs de notícias ao mesmo tempo; recolheu-se ao doce confinamento do quartel do lar e, tal como o ar do céu ficou mais respirável, o estado do ambiente palavroso das notícias melhorou; uma bênção do coronavírus.
Quase o mesmo se pode dizer do Cavaco. O homem que nunca se enganava e raramente cometia erros quando mais era preciso o seu dom de nunca se enganar ficou calado, mudo e quedo deixando-nos sem leme e, portando, sem a sua direcção infalível. Estará confinado entre o horizonte no mar e o doce lar da coelha a meditar ou rezar. Também contribuiu para a desinfecção do ar ambiente; outra bênção do coronavírus.
E, agora, compreende-se melhor a inicial corrida estapafúrdia dos portuguêses ao papel higiénico. Logo de imediato pensou-se no surgimento de novas remessas de falaciosos opinadores a 'cagar postas de pescada' o que daria aso a uma escassez desse papel pelo que todos se quiseram prevenir. Contudo entre os desaparecidos e os novos surgidos deu-se um equilíbrio de cagões e respectiva normalidade de procura do produto.
Neste aspecto o problema do ar ambiente não melhorou muito pois, os que sabem tudo de armas e foguetões sabem tudo do coronavírus, os que sabem tudo de negócios e submarinos sabem também tudo do coronavírus, os que sabem tudo sobre geoestratégia política também sabem tudo sobre coronavírus, os que sabem tudo acerca do futuro também sabem tudo do passado e futuro do coronavírus e há sempre os do nosso jornalismo encartado que são uma espécie de tudo-em-um que, obviamente, também sabem tudo acerca do coronavírus.
A nossa esperança é que o futebol recomece rapidamente ou ainda veremos o ar ambiente de novo infestado com a chusma de respectivos opinadores a discutir as entradas maldosas e fintas à Garrincha do coronavírus no seu jogo macabro ás escondidas com os portugueses.
            

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