sexta-feira, janeiro 15, 2021

NO SEU ESCONDERIJO MENTAL QUE ESCONDE O CANDIDATO DO IL?

Esta também é uma marca do mercado de roupa e sapatos à venda tal qual a marca do partido português com a mesma sigla; ambos vendem uma mercadoria pensada e confeccionada segundo a ideia do utilitarismo; um para ser usada na utilidade prática do "ptonto a vestir" a outra a ser usada no "pronto a pensar". Ambos são, inteiramente, concepcionados para "levar" o outro a fazer-se cliente/aderente; ambos são produção de maneiras de iludir, são fábricas de ILusionismo

As técnicas de marketing são, contudo, diversas; o "pronto a vestir" actua no mundo da vida prática, renova-se anualmente e dentro deste nas estações de Verão-Inverno e cria uma "moda" adequada ao hedoniso moderno; o "pronto a pensar" é mais complexo, desde logo porque vende ideias e não materiais para satisfazer desejos imediatos criados e injectados em sociedades de abundância e assim, ao invés, por que as ideias precisam anos e décadas para obterem compreensão plena por parte dos "doutores" e "professores" acerca dos assuntos tratados afim de se tornarem seus defensores e difusores, o IL, partido político que nos vende um "pronto a pensar" em português surge passados dois séculos após a Revolução inglesa com a submissão do rei ao Parlamento e depois com o desaparecimento do poder da aristocracia e sua submissão ao povo com a Revolução francesa, surge com o ILusionismo como nova-ideia com a teoria da submissão do Estado aos empresários.

Neste período efervescente de novas descobertas científicas e da revolução industrial surgem, igualmente, as ideias novas de organização social de tipo sistémico como liberalismo e marxismo; idealismos no papel nunca experimentados antes, contudo, pensados como "pronto a vestir". Explicados e divulgados pelos "doutores" de cada escola através de ensaios, teorias, tratados, conferências, etc. que de tão esmiuçados, pormenorizados e alterados ao longo de anos acabam por se tornar um corpo teórico escrito em perfeita harmonia e concordância onde é difícil descortinar as contradições, erros ou discordâncias embora se vislumbre, sempre, um grande cepticismo quanto à sua aplicação prática.

Do liberalismo nasceram as democracias liberais e do marxismo o comunismo e a social democracia que se foram implantando regularmente pelo mundo velho e da recém-descolonização; a experiência do comunismo que parecia a mais elaborada e atractiva aplicada e experimentada em metade do mundo de forma totalitária deteriorou-se, definhou-se, apodreceu e implodiu de moto-próprio, a evolução civilizacional demonstrou a sua total inadequação  à nova socialização das sociedades modernas; a experiência da democracia liberal, segundo um sistema liberal de capitalismo, sustentada na ideia de liberdade criou vários orgãos de poderes e contrapoderes que lhe dão flexibilidade e lhe permite adaptar-se e manter-se a trabalhar, como nos materiais de aço de construção, na zona elástica nunca ultrapassando o ponto de resiliência, adaptando-se ao percurso como se fora uma mola de camião ao longo de uma estrada mais ou menos esburacada e, desse modo foi adaptando e integrando contradições e novas concepções e vai sobrevivendo diga-se, contudo, cada vez mais aos tombos dos novos tempos.

É neste caldo fervente de descrença no sistema sempre remendado mas sempre cada vez mais roto que nascem novas ideias sistémicas para, não remendar outra vez, mas para recauchutar tudo de uma só penada. O IL é o novel partido repositório desse pensamento idealizado para recauchutamento geral do estado liberal.

E, tal como o recauchutamento se faz com utilização de materiais reciclados, também o pensamento neo-liberal se faz com ideias velhas recicladas; o que precisamos é um Estado "mínimo" e um empresariado privado "máximo" dizem e, com isso, tudo corre sobre rodas movidas a asas de anjos. Mas, como é evidente e ressalta da experiência prática, que um estado mínimo fraco seria imediatamente envolvido e engolido pelo poderoso empresariado organizado a seu belo prazer e actuando à solta, será necessário e urgente para sobreviver, tornar-se grande em poder de força e violência repressiva armada; grandes forças armadas militares, grandes forças armadas policiais, grandes forças de guardas para-militares e até, seguramente, polícias políticas também armadas de poderes acima das leis e denunciantes bufos cobrindo o país; e, pronto, lá se ia pela borda fora do mesmo barco liberal o Estado mínino com a agravante desta massa gigantesca ser, além de repressiva e anti-liberal, ser gastadora e improdutiva.

O homem IL candidato à Presidência é falso, é um falinhas mansas que usa o credo neo-liberal para criticar acontecimentos imprevistos usando o velho truque da presciência de que "já todos sabíamos que ia acontecer" e contudo nunca informou ninguém disso e mesmo quando faz a crítica não pode sequer ter a certeza de que actuar de forma diferente resultava melhor do que o que aconteceu; fala no sentido das suas próprias suposições, não fala verdade antes nem depois do acontecido, apenas faz uma crítica vazia de sentido. O homem IL apenas dá respostas ideológicas e jamais dá uma resposta prática sobre qualquer assunto como aquela que repete sempre, quando lhe falta outra mais a propósito, de que o cerne do mal está nos erros do estado que nunca assume as suas responsabilidades e que depois são sempre os mesmos que pagam; uma resposta evasiva oca de sentido quer no que diz respeito aos que pagam quer no que diz respeito a responsabilidades uma vez que o governo é sempre o primeiro responsável político pelas medidas que toma face ao eleitorado; quer passar a falsa ideia que num seu governo os erros e responsabilidades dos acontecimentos sociais eram sempre da responsabilidade dos privados dos quais ele não tinha nada a ver e daí lavava as mãos como Pilatos; a pandemia também seria atribuída à responsabilidade dos privados?

O mesmo quanto à TAP ou aos Bancos; sendo tudo privatizado, como propõe sua teoria económica de governo, tudo pode falir e cair na rua que nada interessa nem custará um cêntimo ao Estado diz este falinhas mansas sem se rir mas que nos faz rir a nós com tal desfaçatez e pouca vergonha evocar tão gritante contradição; que um governo dos empresários poderia deixar cair em série empresas e empresários a quem entregara a totalidade da economia sem mexer uma mão ou dar uma mãozinha, ou o que faria a correr seria dar mão, braço e meter a cabeça toda no assunto; e, claro, neste caso chamaria a pagar as contas os marcianos que seriam outros e não "sempre os mesmos".

O falinhas mansas do IL pensa que não sabemos que a sua teoria ideologia económica é, tal qual a que Passos quis aplicar com ajuda e sob a capa da troika, que o grande mal, o grande satanás culpado da pobreza dos povos, são as "gorduras" do Estado e por isso a exigência da esbelteza, bondade e grande vantagem de um Estado mínimo, uma espécie de Estado "passerele" para exibição popular; o Passos chamava às gorduras do Estado o excesso de Fundações, Associações e milhentas organizações que viviam à conta do Estado além do excesso de gente e parasitagem no interior do próprio Estado; este candidato obcecado pela mesma ideologia nem fala em tal, esconde-o de propósito, para que o povo não se recorde e associe imediatamente ao que Passos, na verdade do seu esconderijo mental, pensava e provou depois quais eram na realidade as verdadeiras "gorduras" de Estado; os pensionistas, os trabalhadores do Estado, o SNS, a Assistência Social.

O falas mansas, de rompante, acusa o governo de dez mil mortes todos que morreram por não covid e que considera mortos por falta de atendimento. Mas, claro, mais uma vez não dá uma ideia, uma hipótese, um palpite de quantos mortos aconteceriam num governo seu por covid ou não num Estado sem SNS e com todos os cuidados de saúde entregue a privados; não só os pobres morreriam em massa por falta de acesso económico à saúde como os remediados ficariam miseráveis ao gastar tudo que possuíam para salvarem os familiares, tal como aconteceu na pneumónica em 1919 e depois com a tuberculose logo a seguir à 2ª Guerra mundial; os ricos que emprestavam o dinheiro a troco das propriedades ficaram com tudo e tornaram-se latifundiários: também aqui o falas mansas lavaria as mãos.  

O seu disfarce é tão falso que andam agora clamando pela defesa dos idosos quando sabemos que o seu neo-liberalismo usa na acção política a teoria do "utilitarismo" a tal ideia feita que os levou a considerar como "peste grisalha" todos que já não produziam e recebiam a pensão do seu tempo de trabalho; fingem defendê-los agora da peste quando ainda há poucos anos os consideravam a própria peste; foram ideias como estas que criaram os venturas e se um dia forem governo milhares de venturas nascerão do ventre do seu poder.

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