LISBOAS II
LISBOA I
LISBOA II
À porta do Elevador do Lavra descobri este graffitti de célebre professor, jornalista, ministro, deputado, presidente, candidato a presidente, actualmente mais conhecido por comentador político na televisão. O achado não está no retrato graffittado do professor, mais conhecido em Portugal que o bacalhau. O que é para mim o achado deste graffitti de autor desconhecido está na legenda a qual me fez saltar à mente o porquê de "O PROFESSOR MENTE". Nunca fui seu aluno e por aí não sei de mentiras, lembro-me dos seus comentários políticos no Expresso como tentativas de tornar o seu inventivo pensamento em facto político o que quase sempre conseguia, pelo que poderíamos apelidar de meias-mentiras. Tambem me lembro de algumas afirmações como aquela bíblica famosa:- ...nem que Deus desça à Terra...-, e muitas artificiosas vaticinações para criar realidades desejadas que falharam completamente. Também aqui não podemos chamar-lhe própriamente mentiras, mas mais de videntices de professor que dá as cartas, pinta as cartas e lê pelas cartas.
Então onde se basearia o autor para dar o título ao seu graffitti? Penso que talvêz este autor seja crítico literário e não suporte ver todos domingos o Professor mentir ao fazer crítica literária pela olhadela que dá pela capa do livro. Também eu acho uma vergonha que algúem que é catedrático se disponha a fazer juizos críticos sobre um livro a partir da imagem da capa e da leitura do nome da editora. É literariamente uma aldrabice e economicamente uma contrafacção, já era altura do IGAE actuar.
Então onde se basearia o autor para dar o título ao seu graffitti? Penso que talvêz este autor seja crítico literário e não suporte ver todos domingos o Professor mentir ao fazer crítica literária pela olhadela que dá pela capa do livro. Também eu acho uma vergonha que algúem que é catedrático se disponha a fazer juizos críticos sobre um livro a partir da imagem da capa e da leitura do nome da editora. É literariamente uma aldrabice e economicamente uma contrafacção, já era altura do IGAE actuar.
LISBOA II
Em mais de trinta anos de Lisboa nunca me tinha deslocado para ir ver as Marchas Populares que se querem representar o bairrismo popular lisboeta. Este ano, estando casualmente na capital e a poucos passos da Avenida do desfile a ouvir o entusiasmo da multidão na rua, não resisti a sair de casa e ir observar o estado da festa e, se possível entrar na alegria geral.
Vi a multidão que enchia a Avenida de alto a baixo e dos dois lados sem a mais pequena hipótese de poder encostar-me à frente. Vi os arcos, balões e adereços alegóricos ao tema, quando durante a actuação eram levantados acima das cabeças dos dançarinos participantes. Vi grupos enormes de entusiastas, à maneira de claques bairristas espontâneas muito varinas, acompanhando, aplaudindo e apregoando a sua Marcha. A verdadeira Lisboa popular estava de pé, suportava de pé horas e horas o peso do corpo e da longa espera para conviver com alegria festiva o que toma como sua arte genuina.E sê-lo-ia caso os ilustres barões da televisão não se interpusessem explorativamente para adulterar e transformar a festa popular em espectáculo de mensagem pela imagem, nem fosse permitido que os ídolos ocos mediáticos apadrinhassem ou amadrinhassem ocupando o primeiro lugar do desfile roubando o centro do palco ao verdadeiro dono.
LISBOA III
Vi a multidão que enchia a Avenida de alto a baixo e dos dois lados sem a mais pequena hipótese de poder encostar-me à frente. Vi os arcos, balões e adereços alegóricos ao tema, quando durante a actuação eram levantados acima das cabeças dos dançarinos participantes. Vi grupos enormes de entusiastas, à maneira de claques bairristas espontâneas muito varinas, acompanhando, aplaudindo e apregoando a sua Marcha. A verdadeira Lisboa popular estava de pé, suportava de pé horas e horas o peso do corpo e da longa espera para conviver com alegria festiva o que toma como sua arte genuina.E sê-lo-ia caso os ilustres barões da televisão não se interpusessem explorativamente para adulterar e transformar a festa popular em espectáculo de mensagem pela imagem, nem fosse permitido que os ídolos ocos mediáticos apadrinhassem ou amadrinhassem ocupando o primeiro lugar do desfile roubando o centro do palco ao verdadeiro dono.
LISBOA III
Tanbém no Lavra encontrei este graffitti assinano por um macaco. É, quanto a mim, uma verdade quase indiscutível que a arte fala, ou melhor, que a arte sendo uma linguagem transmite falas, idéias, pensamentos e sobretudo a fala da visão estética e moral do artista. A arte pode ser tudo o que o homem produz pelas suas mãos, mas a arte que fica é aquela que se distingue do fabrico em série, do útilitário, aquela que eleva o pensamento para lá do senso comum, se torma imanipulável e imutável desde o seu acto criador. É aquela que se insere no interior da alma do seu tempo ou já anuncia o futuro.
Será que nos casos acima tratados em Lisboa I e II, poderemos falar de arte? Tanto o professor como as marchas têm a sua linguagem, a sua moral e estética
própria, mas será que são arte que fala ou apenas
arte de astúcias? No meu ver, no primeiro caso trata-se duma arte da falança astuta e não da fala como arte. No segundo caso trata-se duma arte popular que expressa a fala genuína de agradecimento à vida apesar da luta diária pela sobrevivência. Neste sentido, aqui verificar-se-ia uma arte que fala caso a arte da falança astuta não viesse logo incorporá-la no seu discurso e manipulá-la interesseiramente.
Será que nos casos acima tratados em Lisboa I e II, poderemos falar de arte? Tanto o professor como as marchas têm a sua linguagem, a sua moral e estética
própria, mas será que são arte que fala ou apenas
arte de astúcias? No meu ver, no primeiro caso trata-se duma arte da falança astuta e não da fala como arte. No segundo caso trata-se duma arte popular que expressa a fala genuína de agradecimento à vida apesar da luta diária pela sobrevivência. Neste sentido, aqui verificar-se-ia uma arte que fala caso a arte da falança astuta não viesse logo incorporá-la no seu discurso e manipulá-la interesseiramente.
Etiquetas: crónica comentário
1 Comments:
Deixo um abraço!
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