TOXIDADES
ASSALTOS E PRODUTOS TÓXICOS
Aqui, no campo, antigamente, uma mulher duma família rica paria um menino e uma mulher duma família pobre paria um moço, como o divulgou António Aleixo numa das suas belas quadras de crítica afiada aos costumes. Modernamente os eufemismos são mais que mato e o mais modernaço é aplicado ao roubo: se um gang pobre de bairro social sacar uns euros ao caixa de um banco de mão armada é um assalto; se um caixa de bairro de moradias saca milhares ao banco armado de truques é um desvio; se um gang milionário da 5ª avenida saca milhões armado de administração com o poder de administrar-se e falir o banco vendendo banha da cobra, diz-se que produziu e vendeu produtos tóxicos.
Não tarda nada veremos os gangs pobres responder aos juizes que são responsáveis e sérios agentes financeiros que, algumas vezes como no caso, ao agir financeiramente bem intencionados apenas utilizaram meios e produtos tóxicos por distracção.
O juiz responderá que são bandidos pulhas condenados pela lei escrita da sociedade. Entretanto os grandes assaltadores gozam luxuosamente os milhões sacados à massa ignorada de honestos confiantes nos bancos e tratados como tapados, cinzentos, e ignorantes.
Não tarda nada veremos os gangs pobres responder aos juizes que são responsáveis e sérios agentes financeiros que, algumas vezes como no caso, ao agir financeiramente bem intencionados apenas utilizaram meios e produtos tóxicos por distracção.
O juiz responderá que são bandidos pulhas condenados pela lei escrita da sociedade. Entretanto os grandes assaltadores gozam luxuosamente os milhões sacados à massa ignorada de honestos confiantes nos bancos e tratados como tapados, cinzentos, e ignorantes.
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