A CIDADE E O CAMPO FARENSE
SUBORDINAÇÃO, LEI DO FUNIL
Há dias tive de recencear o furo de captação de água que tenho no quintal desde 1995. Gastei na altura cerca de 15.000 euros e depois até hoje mais 14.ooo euros com descalcificador, tratamento dos coliformes que por via das fossas sépticas inquinaram a água, e dois arranjos na tubagem e cabos eléctricos que obrigaram à desmontagem total da bomba do fundo do furo. Fiz o cálculo, para uma duração de 30 anos da instalação e 1 m3 de consumo diário, e a água que consumo custava-me 2,42 euros/m3. Neste momento, contando com os arranjos e tratamento já subiu para 3,8 euros/m3, sem contar com energia gasta na pressurização da rede de casa.
Tudo isto sem nenhuma comparticipação da Cidade e porque esta nunca pôs à disposição do Campo uma fonte (furo) pública com torneira, nem sequer em tempo de seca anormal, um camião tanque dos bombeiros.
Contudo a Cidade obriga-me e quer ter consigo o registo e localização da minha fonte de água para, em caso de necessidade, poder colocar e usar a minha água a bem do serviço público: em caso de cataclismo a minha água pode servir para minorar as dificuldades de abastecimento da Cidade. Mas a Cidade, que tem água tratada, potável, mineralizada, dentro de casa e á pressão uniforme sem mais, há mais de 80 ou 90 anos e, sobretudo, 35 anos depois de Abril, nunca teve a preocupação de colocar a sua água ao serviço do Campo.
Falámos de água e de uma perfeita lei do funil.
DESCONSIDERAÇÃO
Na Cidade, aquando de qualquer nova urbanização, que são mato, para sua aprovação obriga-se que façam previamente todas as infra-estruturas incluindo a rede de águas e esgotos, além de telefone, gás, tv cabo, electricidade. E também os arruamentos com calçadas, lancis e pavimentos lisos e luzidios. Em suma, na Cidade ainda não há casas nem habitantes e já todas as necessidades básicas civilizacionais estão instaladas esperando os exigentes moradores. E lá estão os fiscais vigilantes e zeladores de que tudo se cumpra à risca segundo os regulamentos.
E no Campo? Bem no Campo, como aqui nos Gorjões, os habitantes estão lá há séculos, contudo apenas têm telefone e electricidade desde há 30 anos, quando não falham, e o resto têm por imaginação. Pode dizer-se, com razão que, na Cidade, antes de serem já são, no Campo, são há séculos mas não serem.
Tudo isto sem nenhuma comparticipação da Cidade e porque esta nunca pôs à disposição do Campo uma fonte (furo) pública com torneira, nem sequer em tempo de seca anormal, um camião tanque dos bombeiros.
Contudo a Cidade obriga-me e quer ter consigo o registo e localização da minha fonte de água para, em caso de necessidade, poder colocar e usar a minha água a bem do serviço público: em caso de cataclismo a minha água pode servir para minorar as dificuldades de abastecimento da Cidade. Mas a Cidade, que tem água tratada, potável, mineralizada, dentro de casa e á pressão uniforme sem mais, há mais de 80 ou 90 anos e, sobretudo, 35 anos depois de Abril, nunca teve a preocupação de colocar a sua água ao serviço do Campo.
Falámos de água e de uma perfeita lei do funil.
DESCONSIDERAÇÃO
Na Cidade, aquando de qualquer nova urbanização, que são mato, para sua aprovação obriga-se que façam previamente todas as infra-estruturas incluindo a rede de águas e esgotos, além de telefone, gás, tv cabo, electricidade. E também os arruamentos com calçadas, lancis e pavimentos lisos e luzidios. Em suma, na Cidade ainda não há casas nem habitantes e já todas as necessidades básicas civilizacionais estão instaladas esperando os exigentes moradores. E lá estão os fiscais vigilantes e zeladores de que tudo se cumpra à risca segundo os regulamentos.
E no Campo? Bem no Campo, como aqui nos Gorjões, os habitantes estão lá há séculos, contudo apenas têm telefone e electricidade desde há 30 anos, quando não falham, e o resto têm por imaginação. Pode dizer-se, com razão que, na Cidade, antes de serem já são, no Campo, são há séculos mas não serem.
Etiquetas: águas e esgotos, gorjões
1 Comments:
é bem verdade o que fala.
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