ÁGUAS E ESGOTOS: APROVAÇÃO, FINALMENTE.
INCOMPREENSÍVEL
Imcompreensível é o mínimo que se pode dizer da posição da Junta de Freguesia de Santa Bárbara de nexe, na votação para aprovação do novo modelo de financiamente para as obras de águas e esgotos que afectam em grande parte, precisamente, a população desta freguesia. A nossa JF, ontem à noite cerca da 01,45 H, na Assembleia Municipal de Faro, votou contra o modelo de financiamento apresentado pela CMF para possibilitar avançar com os projectos e adjudicações já feitas das obras há décadas adiadas. E segundo ouvimos de viva vóz, tal votação vem no seguimento de outra decisão de voto identica tomada há cerca de un ano.
Estamos em crer que não seja essa a vontade de coração do nosso Presidente da JF e que por tal se sinta incomodado com o sentido de voto imposto pela CDU. Contudo, devia ser corajoso, fazer sentir, bater-se e fazer valer, no interior da estrutura partidária, que neste caso era prioritário dar valor às reais e urgentes necessidades mais sentidas das populações que tomou a responsabilidade de servir. E neste caso tratam-se de necessidades básicas e civilizacionais cuja falta é incompreensível em pleno Séc XXI. Submeteu-se às orientações políticas partidárias gerais que nada, mesmo nada, coincidem com o interesse particular do povo da nossa Freguesia. Foi pena.
E de pouco vale a razão que possa ter o argumento invocado de que durante muitos anos o PS e PSD, que têm ocupado a Câmara, não tivessem feito já antes as referidas obras. Ter razão histórica não justifica estar contra no presente: pelo contrário justifica, antes de mais, acabar com a má história do passado e fechar esse capítulo pouco digno. Pela mesma razão a JF não arranjava caminhos, não abria variantes, não se batia por melhoramentos porque tudo já fora possível de ter sido feito por outros antes. É de teor e valor identico o argumento do erro cometido há anos ao meter-se a Fagar no negócio das águas do Município. Tomar qualquer erro passado como um "pecado original" que temos de expiar eternamente é da religião não é da política. Finalmente o argumento de que, com tal modelo de financiamento, pode o custo da água passar a ser sucecivanente maior, basta lembrar que o custo actual da água distribuida por particulares atinge um valor de 10(dez) vezes o custo da distribuição pela rede municipal. Frouxos argumentos, portanto.
Importante foi que, finalmente, o modelo de financiamento para as obras tenha sido aprovado com os votos a favor do PS e PSD apesar dos votos contra da CDU e BE. Agora devemos estar atentos não vá dar-se o caso, face ao actual descalabro financeiro e necessidades da CMF, que as verbas obtidas em nome destas obras sejam utilizadas em mais obras "de praia" ou " de lazer" ou "de embelezar" ou "de iluminar" ou "de futebolear" ou "de patrocinar" ou "de ilhar" ou "de ribeirinhar" ou..., ou de "fogo de vista eleitoral". A ver vamos.
Estamos em crer que não seja essa a vontade de coração do nosso Presidente da JF e que por tal se sinta incomodado com o sentido de voto imposto pela CDU. Contudo, devia ser corajoso, fazer sentir, bater-se e fazer valer, no interior da estrutura partidária, que neste caso era prioritário dar valor às reais e urgentes necessidades mais sentidas das populações que tomou a responsabilidade de servir. E neste caso tratam-se de necessidades básicas e civilizacionais cuja falta é incompreensível em pleno Séc XXI. Submeteu-se às orientações políticas partidárias gerais que nada, mesmo nada, coincidem com o interesse particular do povo da nossa Freguesia. Foi pena.
E de pouco vale a razão que possa ter o argumento invocado de que durante muitos anos o PS e PSD, que têm ocupado a Câmara, não tivessem feito já antes as referidas obras. Ter razão histórica não justifica estar contra no presente: pelo contrário justifica, antes de mais, acabar com a má história do passado e fechar esse capítulo pouco digno. Pela mesma razão a JF não arranjava caminhos, não abria variantes, não se batia por melhoramentos porque tudo já fora possível de ter sido feito por outros antes. É de teor e valor identico o argumento do erro cometido há anos ao meter-se a Fagar no negócio das águas do Município. Tomar qualquer erro passado como um "pecado original" que temos de expiar eternamente é da religião não é da política. Finalmente o argumento de que, com tal modelo de financiamento, pode o custo da água passar a ser sucecivanente maior, basta lembrar que o custo actual da água distribuida por particulares atinge um valor de 10(dez) vezes o custo da distribuição pela rede municipal. Frouxos argumentos, portanto.
Importante foi que, finalmente, o modelo de financiamento para as obras tenha sido aprovado com os votos a favor do PS e PSD apesar dos votos contra da CDU e BE. Agora devemos estar atentos não vá dar-se o caso, face ao actual descalabro financeiro e necessidades da CMF, que as verbas obtidas em nome destas obras sejam utilizadas em mais obras "de praia" ou " de lazer" ou "de embelezar" ou "de iluminar" ou "de futebolear" ou "de patrocinar" ou "de ilhar" ou "de ribeirinhar" ou..., ou de "fogo de vista eleitoral". A ver vamos.
Etiquetas: santa bárbara de nexe
5 Comments:
Sabe o caro Adolfo as implicações todas da Fagar? Julga que tudo se resume a deixar passar a proposta de Apolinário? Sabe os custos futuros para a Câmara e por conseguinte para todo o concelho de Faro e seus habitantes (e que não se traduzem só no preço da água)? Sabe que Apolinário disse que a sua vontade era extinguir a Fagar por ser um erro enorme e que só não o fazia por causa de uma cláusula de indemnização aos privados?
Tenho-o por uma pessoa inteligente e obviamente que não é obrigado a saber tudo sobre a Fagar. Mas a superficialidade não é boa conselheira e por razões políticas o PS colocou a questão de sim ou não sobre o avanço ou não das obras quando o que estava na mesa é muito mais do que isso.
Hoje, como no momento da criação da Fagar, estive contra, como a CDU. Continuo contra a Fagar e não é por nenhuma obediência partidária. Tenho orgulho na CDU quando foi contra a criação da Fagar. Afinal as obras e a operação da Fagar seriam mais baratas se tivessem sido feitas pela Câmara sem a Fagar. E já estariam feitas. Afinal não seriam precisos os tachos. Agora querem corrigir um erro persistindo no erro.
Nos EUA, na Europa que vai à nossa frente, discute-se que a privatização da água foi um erro mas em Portugal, em Faro, ainda se vai na última de uma carruagem num sentido quando a locomotiva à frente já vai noutro sentido.
Caro Sérgio,
Nas frontais discussões de ontem à noite, havidas na Assembleia Municipal, fiquei mais esclarecido sobre a Fagar que foi criada pela edilidade de JV com abstenção do PS e votos contra da CDU. Teve a CDU razão nessa altura mas não teve força política para evitar o erro.Mas isso é um plroblema do jogo Democrático que os partidos aceitam jogar à partida.Erro esse que também só se revelou em toda a sua dimensão face a legislação posterior que levou à recusa pos privados entrarem no negócio. Contudo, temos de reconhecer, nessa solução da Fagar, a boa intenção de JV em resolver de vez um problema grave do município e que até diz particularmente respeito à nossa freguesia.
E como digo no meu post o facto da CDU ter tido razão antes de tempo, não justifica que daí em diante e para sempre, se oponha à solução do problema. Tanto mais que são os nexenses os principais prejudicados com o protelar da actual situação. E sendo assim, penso eu, a JF de SBN deveria colocar os interesses dos nexenses à frente dos problemas da CMFaro com a Fagar. A CMFaro, com a ajuda dos outros interventores políticos eleitos, têm de encontrar uma solução para o erro da Fagar que evite ou minimize o custo desse erro.É precisamente para velarem pelo interesse dos bens do município, que são dos cidadãos, que aos edis lhes é outorgado o poder autárquico.
Os portugueses é que elegem os governos e nós os farenses é que elegemos as edilidades de Faro, portanto somos todos responsáveis e os erros e custos deles têm de ser imputados e suportados por todos, tal como todos beneficiamos das bem-feitorias que também promovem.
Incompreesível é para mim, e certamente para muita gente da Freguesia, que pelo facto de ter havido um erro original, sejam os nexenses a expiar esse erro, pelo menos pela vontade da CDU expressa claramente no seu voto sobre o assunto.
Acontece que ao contrário do que é dito nada foi invibializado 2 vezes.
Furtando-me a procurar as datas exactas das reuniões. Mas o que se passou da 1ª vez foi que o PS apresentou um documento ilegal que não estava conforme a nova legislação. Não admitiram na altura mas a nova proposta de modelo da Fagar comprova que na 1ª vez estava ferido de ilegalidade.
Na 2ª vez nem sequer foi votado nada porque o PSD empurrou a solução para 1 comissão.
Finalmente na segunda feira o que vinha na ordem de trabalhos era a discussão do relatório de trabalhos da comissão e que a CDU ia votar a favor.
Acontece que o PS colocou então pela p+orta do cavalo uma vgotação extra sobre um novo modelo da Fagar sem qualquer documentação de suporte para que os deputados pudessem considerar.
Diga-se que foi 1 acto ilegal apesar de nem sequer irmos contestar.
É muito mais do que se diz. Mas felizmente que há gente que não abdica de principios e por muito mais que haja contra informação a verdade vem sempre ao de cima.
E os fins não justificam os meios.
Sérgio,
O problema, neste caso, é que a CDU não tem meios por si só, nem propõe meios de solução que permitam atingir os fins. E neste caso os fins são dotar a nossa Freguesia de redes de águas e esgotos, o que não é de somenos, antes pelo contrário, para grande parte da população da Autarquia de SBNexe.
Pela história recente deste caso, de cada vez que se adia uma solução é mais um ano de atrazo e espera no vazio para descrença dos nexenses. Protelar desta maneira as obras é, porventura, alguma solução?
Na política, como no futebol, não há vitórias morais. O princípio guia da acção política objectiva, em cada circulo hierárquico, é olhar, preservar e promover o bem comum das pessoas desse circulo. E, neste caso, o nosso caso, em termos e resultado prático, a posição da CDU tem sido o de fazer de empata.
Não concordo mas também não quero convencer ninguém.
Os pais da criança Fagar, PSD e PS,poderiam ter há muto resolvido a questão. Não o fizeram e a culpa é da CDU!
Enviar um comentário
<< Home