O VALOR DO EXEMPLO
O MEU E O TEU
Fantástico, Paulo Portas fez contas e chegou à conclusão que a sua proposta oral, na AdR, de baixar os vencimentos e 13º mês dos políticos renderia a maquia de 5(cinco) milhões de euros, concluindo que não é muito dinheito mas seria muito "como exemplo" para o país.
Na véspera tinha defendido que os 50 milhões directos para a RAdM, mais 2 x 5o milhões de possível endividamente para a Madeira e Açores, eram uma gota de água no poço do Orçamento de Estado. E, isto no preciso momento em que a especulação financeira global atacava o euro e em particular as finanças do Estado português. Nem o argumento do governo de que pior que o custo era o "mau exemplo" dado para o exterior, que nos olhava fixamente naquele momento e fazia subir o custo do dinheiro para o país.
PP, como a generalidade dos espertalhões, atribui-se a sí próprio uma grandeza moral incomensurável em comparação com o outro. Sendo de sua autoria a poupança de 5 milhões é um bem enorme "como exemplo", mas poupar 150 milhões, se propostos por outros, é coisa de somenos que nem vale "como exemplo". Se o exemplo é meu; sim tem valor; se é teu, bem, isso não tem importância. O "Meu Caso" é sempre mais importante do que o "Teu Caso", como muito bem já filmou Manoel de Oliveira.
Esta maneira populista de vender o que faz realçando a poupança ou o valor moral da medida como exemplo, foi evidente aquando da compra dos submarinos. Na altura, mal chegado ao poder, analizou a agenda de compra dos submersíveis (e que bem), para logo anunciar triunfalmente que ia comprar apenas dois dos três previstos e, desse modo poupar 80 milhões de euros ao erário público. Um triunfo grandioso, só possível de sair, da prodigiosa cabeça de PP.
Na altura lembro-me de comentar com amigos: porra, porque não compra zero submarinos e poupa o dinheiro todo? E poupava também, o que agora se diz por aí, acerca das contrapartidas dessa aquisição, já agora, também nunca bem esclarecida.
Na véspera tinha defendido que os 50 milhões directos para a RAdM, mais 2 x 5o milhões de possível endividamente para a Madeira e Açores, eram uma gota de água no poço do Orçamento de Estado. E, isto no preciso momento em que a especulação financeira global atacava o euro e em particular as finanças do Estado português. Nem o argumento do governo de que pior que o custo era o "mau exemplo" dado para o exterior, que nos olhava fixamente naquele momento e fazia subir o custo do dinheiro para o país.
PP, como a generalidade dos espertalhões, atribui-se a sí próprio uma grandeza moral incomensurável em comparação com o outro. Sendo de sua autoria a poupança de 5 milhões é um bem enorme "como exemplo", mas poupar 150 milhões, se propostos por outros, é coisa de somenos que nem vale "como exemplo". Se o exemplo é meu; sim tem valor; se é teu, bem, isso não tem importância. O "Meu Caso" é sempre mais importante do que o "Teu Caso", como muito bem já filmou Manoel de Oliveira.
Esta maneira populista de vender o que faz realçando a poupança ou o valor moral da medida como exemplo, foi evidente aquando da compra dos submarinos. Na altura, mal chegado ao poder, analizou a agenda de compra dos submersíveis (e que bem), para logo anunciar triunfalmente que ia comprar apenas dois dos três previstos e, desse modo poupar 80 milhões de euros ao erário público. Um triunfo grandioso, só possível de sair, da prodigiosa cabeça de PP.
Na altura lembro-me de comentar com amigos: porra, porque não compra zero submarinos e poupa o dinheiro todo? E poupava também, o que agora se diz por aí, acerca das contrapartidas dessa aquisição, já agora, também nunca bem esclarecida.
Etiquetas: crónica comentário.pp
2 Comments:
Não tenho comentado mas não tenho deixado de seguir o blogue.
Concordando muitas vezes com os pontos de vista e a atingir pela tua prosa.
Também passo bons momentos rindo que nem um perdido lembrando aquele comentário em que te sugeria que o melhor resultado para o nosso primeiro e para o PS seria perder as eleições e....deixar a “batata quente”para quem se seguisse. Lembras-te?
Abraço
Diogo
Diogo,
Na nossa terrinha aqui do Sul chove água do céu como há muito não se via e da política cá do burgo chovem polémicas como água desde que Sócrates é PM.
Aí a coisa anda parecida com o Obama em dificuldades com as republicanas causas duras e às direitas. São os problemas de governar um mundo aos turbilões quando os poderes velhos estabelecidos são diariamente postos em causa por um poder emergente que se arroga questionar tudo e todos e quer para sí o estatudo de inquestionável, intocável, inimputável à luz da sacrossanta liberdade de informação. Quando sob essa capa da informação envereda pela mais descarada desinformação para difamar, o caldo está entornado.
Quando se chega a tal situação o mar bate na rocha e o mexilhão é que paga.
Um grande abraço e muita saúde aí pelos States.
Aparece sempre.
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