sábado, julho 02, 2011

O MEU SACO DE MENTIRAS É MUITO MAIOR QUE O TEU II


Faz-me sentir um brutal nó na garganta ouvir, agora, Macedo, Passos e o Paulo e respectivas equipas tuti quanti. E tenho de enfiar um punho na boca para poder estar calado, conter a azia e os vómitos.
A diminuição dos benefícios e deduções no IRS constantes no PEC III, deu uma discução política e técnica com o paulinho e seus muchacos sempre na sua que se tratava de mais um "imposto" e logo de mais uma "mentira" de Sócrates.
Para estes troca-tintas sem vergonha, qualquer mínimo sacrfício imposto aos portugueses pelo anterior governo era um crime de lesa-magestade. O paulinho chegou a desconfiar do passos por este fazer de caranguejo, pois andava para todos os lados, tanto falava em aumento de impostos como lhe chamava um disparate e uma mentira inventada pelo PS. Que com ele "jamais" haveria aumento de impostos, do Passos desconfiava. E tinha razão acerca do Passos, enquanto a ele não porque ninguém mente a sí próprio: mente sempre perante o outo.
O Passos, ar e tiques de sacristão, até pediu desculpa aos portugueses por ter aprovado o PEC III pelas medidas de austeridade que continha, tal era a pena dos "pobrezinhos mais desfavorecidos" e coitadinhos da classe média.
Para encobrir, essa sim, a grande mentira de suas políticas ocultas orquestravam a campanha contra Sócrates "mentiroso" que os media subservientes ampliavam mentido ainda mais do que os donos lhes pediam, e também ensaivam a sua criatividade inventando outras mentiras e suspeitas sobre o PM.
E, agora, mal se apanharam nos cadeirões de S. Bento e do Parlamento, a primeira medida que tomam, sem consultar ninguém (e avisaram o mudo Cavaco?, tão lesto a informar que não fora avisado aquando do PEC IV), nem sequer pedir desculpa aos portugueses pagantes, é impôr sem recurso um imposto de uma só penada, ao estilo de assalto à mão armada ao bolso dos portugueses. Mas o paulinho, qual púdica vestal de falinhas mansas no Parlamento apelida o saque, candidamente, de "contribuição". E mais, o rei das trafulhices e pulhices políticas a tempo inteiro enquanto homem político, pede trabalho e empenho de todos, paz e concertação social sem querelas. Um finório consequente.
Este paulinho, que ainda há 6 anos 6, estava no governo e deixou o país em recessão quando não havia crise financeira global nem recessão em parte alguma do mundo, quer fazer passar a imagem de estadista sério e maduro. E provavelmente está convencido que já convenceu ou convence os portugueses de que é uma pessoa politicamente honesta.
Talvez convença os apaniguados e os novatos que não sabem da sua passagem pela direcção do jornal "independente" e suas manchetes, das suas tropolias na direcção do CDS com o "manelinho", com o caso de vingança ultra-ridículo do retrato de Freitas do Amaral, com MRdeSousa, com ReCastro, com a corveta em perseguição da traineira das pílulas, do caso Moderna, dos submarinos e da Portucale. E um dia saberemos outros casos apesar de ter levado para casa uma pipa cheia de papelada do ministério que tutelava. Comprometedores?
Talvez pense que embora quem conheça a ginjeira do seu currículo político, depois de uma imprensa sabuja o titular de "inteligente" quando é precisamente o protótipo do chico-espertismo à portuguesa, consegue disfarçar a sua imperiosa natureza de escorpião.
Com esta gente, Portugal já não é um caso de mais ou menos impostos para pagar a credores, é sim e fundamentalmente um caso de impostura e impostores.

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