terça-feira, outubro 23, 2018

ORÇAMENTO DE ESTADO PARA O MUNDO

EMIGRANTES DA AMÉRICA CENTRAL EM MARCHA PARA O MÉXICO E USA
Para a Natureza não há o politicamente correcto, o amor ou ódio, a piedade e o piedoso, o assim-assim, o mais ou menos, o deixa andar, o vamos a ver ou o logo se vê.
A Natureza é totalmente indiferente a elaborações mentais e apenas reage às maldades que lhe pregam à força com uma força brutal muito superior e imparável. E, sobretudo, implacável.
Vejam os terramotos, maremotos, reacções climáticas seguidas de furacões, vulcões, ventos, chuvas, inundações com devastações catastróficas gigantescas.
O Homem, os povos, a comunidade global dos humanos são, originalmente e sobretudo, fruto da Natureza à qual recorrem sob efeito da necessidade de existência.
Ao longo da História humana nas lutas de grupos e comunidades, como nas guerras entre nações, o envolvimento de grandes massas humanas, às tantas sob necessidade de sobrevivência, causam mortes e destruições incalculáveis e consequentes mudanças.
E chegámos à comunidade humana à escala do planeta, à escala global à boleia da indisfarçável globalização financeira e dos negócios.
Esta "globalização" mais não é que a forma actualizada na continuação histórica ancestral da luta de domínio e subordinação entre os poderosos detentores dos meios de poder e os submetidos apenas detentores de uma vida miserável e uma força de trabalho para vender.
Actualmente o mais poderoso meio instrumental de domínio é o capital económico acumulado em grande escala que se tornou financeirismo nas mãos de muito poucos o que lhes permite, pelo método do suborno e corrupção para legislação favorável às grandes negociatas nos países e, dessa forma, acumular riquezas sobre riquezas de forma incessante.
O reverso da acumulação pornográfica fina da riqueza por poucos é, inevitavelmente, a acumulação pornográfica suja de miséria insuportável por cada vez uma maior fatia da comunidade humana global.
Tal como a Natureza reage quando a acumulação de maldade sobre ela se torna insuportável para a sua continuidade auto-regulada também, semelhantemente, a Natureza Humana se revolta quando já só lhe resta ter uma vida sem qualquer sentido, dignidade ou significado humano.
A resposta Natural, à ganância total dos poucos que não se cansam de acumular para si todos os bens do mundo enquanto conduzem a vida da comunidade humana global à condição de vivos famintos e miseráveis abandonados à morte lenta, está chegando vinda de vários lados.
São os migramtes refugiados vindos dos confins miseráveis e corruptos de África, são os refugiados de guerra e perseguições politico-religiosas do mundo Árabe, são os desgraçados que são perseguidos e acampam em Calais na esperança de atravessar a Mancha, são outros miseráveis africanos que saltam muros de arame farpado em Ceuta e outros que enfrentam muros farpados em várias fronteiras da Europa e, são agora, os miseráveis da América Central em marcha trágica em direcção à América do Norte que, face ao desprezo do mundo e valor nulo de suas vidas, arriscam tudo para entrar nos Estados ricos norte americanos.  
São os sucessores históricos dos miseráveis de sempre espoliados e abandonados à sorte macaca dos, sempre iguais na desigualdade, "Orçamentos de Estado para o mundo".
Eles ai estão em resposta à ganância orgíaca universal. Atravessam o Mediterrâneo em barcos mais de morte que vida, atravessam a pé perigos de vida por vários países e milhares de quilómetros em direcção a um destino que sabem recusado e hostil. Mas avançam; já não têm nada a perder.
Grande parte dessa gente sem esperança são crianças, adolescentes e mulheres que arriscam a vida que já é a única coisa que possuem e não vale nada.
E o Trump, o senhor de todas as guerras, carniceiro fornecedor de armas para todas as matanças havidas nos países origem dessas pessoas e causa primeira de sua miséria, ainda tem o vergonhoso desplante de apelidar de gente 'criminosa' os desgraçados famintos que arrastam os corpos desnutridos e fracos de passa-fomes contra a ameaça de tropas armadas.
Os putins e macrons deste mundo rico ainda mantêm, para exibição de velhas grandezas imperiais e roubalheiras passadas, os opulentos palácios de estatuária, salões e portões dourados mas o trumpónio, herdeiro dos vastos campos de índios, búfalos, coyotes, vacas e cowboys, à falta de tais heranças opulentas quer ele próprio ser o símbolo do novo império e opulência e, para tal demostrar ao mundo e como se fora um imperador do antigo egipto, mandou dourar a sua cabeça de porco.

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