terça-feira, outubro 23, 2007

MEDIATIZAR É PRECISO?


Que leva um chefe máximo de uma instituição pilar da democracia a denunciar publicamente, via jornais, os problemas internos da própria instituição que lhe compete dirigir e impôr dentro da lei o que está fora da lei? Há grupos de interesses próprios organizados à sombra da instituição que não controla? Não tem poderes suficientes para impôr-se democráticamente a quem investiga e faz escutas por conta própria? Tem algo a recear sobre comportamentos que possam servir de chantagem sob moeda de troca ou outro tipo?
Um PGR não faz, impensadamente, tais afirmações àcerca de desvios comportamentais individuais ou de grupo, que em 1º lugar lhe compete a ele pôr nos carris. Teria o PGR já colocado a situação "acima" sem resultados, daí a táctica de mediatizar? Mas expôr a própria roupa suja no estendal público resolve o seu problema, ou resolve o problema? Os recentes casos mediatizados até ao enojamento apenas têm servido para lançar informação do género; o que o público gosta de ouvir, tipo "discos pedidos", criando e alimentando claques à maneira do futebolismo. Pela mediatização interesseira, comercial ou política, nemhum esclarecimento racional do problema será equacionado, nenhuma solução adequada será encontrada, dessa cloaca não saem ovos.
Então o que levou o nosso PGR por tal caminho? Mistério que esperemos o desenrolar do caso vá desvendando. Aguardemos.

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