AS GUERRAS DE JOAQUIM FURTADO VII
7ºEPISÓDIO
Novamente JF, através de depoimentos claros e certeiros ilustrados com as imagens correspondentes aos enunciados dos próprios depoimentos ou da sua narrativa jornalística, nos dá uma visão ineludível de como foi sempre impossível qualquer solução política para guerra. Todas as tentativas, quer através da diplomacia, quer através de golpes militares, quer através de dissidências de governadores, esbarrou sempre na rural obstinação de Salazar.
O ditador recusou a proposta de Kenedy, fez abortar o golpe dos merdosos Botelho Moniz, Costa Gomes & Cª., não aceitou o pedido de diálogo dos independentistas, e neste episódio ficámos a saber que quaiquer supostas veleidades de Deslandes de uma Angola separatista interracista era também uma traição à pátria. Luis Cabral diz neste episódio que, quando Amilcar Cabral enviou a Lisboa a sua proposta-memorando, naquela altura, bastava falar numa autonomia mitigada e a prazo e provávelmente a guerra teria sido evitada. O velho ditador habituado a mandar só e unicamente na sua propriedade portuguesa jamais consentiria que outros mandassem nas suas quintas espalhadas pelo mundo.
Sempre se falou de Costa Gomes como "O Rolha" dada a sua capacidade de se manter à tona. Pois desta história da guerra que, nos parece isenta e totalmente verosímil, ressalta outro "rolha" que ainda anda por aí considerado senador da pátria, o senhor Adiano Moreira. Num seu depoimento colocado no 3º episódio declarou que "era fácil alimentar as esperanças o difícil era concretizá-las". Neste episódio ficou bem claro a que se referia, quando vemos as imagens da sua deslocação a Angola para anunciar o fim do indiginato e prometer igualdade racial para todos desde logo, entre outras várias e vagas promessas. Levou promessas para alimentar as esperanças dos colonos especialmente e, quem sabe, as do próprio Deslandes, mas depois mancomunou-se com Salazar como já o fizera contra Moniz.
Também ficámos agora a saber que com Mondlane, quando conseguiu estabelecer com este alguma simpatia mediante as vagas promessas de diálogo, tentou aliciá-lo para a causa salazarista com um lugar de Professor prestigiado em Lisboa. Mondlane não aceitou, portuguesmente fez-lhe o mamguito, ao responder-lhe que " uma coisa e acertada são as suas idéias outra coisa é o que se passa lá na realidade". As idéias acertadas na boca de A.Moreira só davam para um convite de integração de E.Mondlane na sociedade portuguesa para Salazar exibir mais esse trunfo multiracial interna e sobretudo externamente.
Claro, A. Moreira, cumpridor à risca e exemplarmente, da doutrina do chefe, pelo aparato popular que dava ao seu estilo de vendedor de esperanças, tornou-se motivo de desconfiânça do ditador solitário e foi corrido. Desde a revolução de Abril anda catedraticamente a pregar democracia. Devia começar por ensinar o seu discípulo Paulo Portas porque a descolonização foi como foi e não outra coisa mais pensada e melhor em vez de o deixar andar a atirar culpas para a revolução e para quem a fez.
Ele próprio sim, é um dos grandes responsáveis pela guerra e consequente descolonização em fuga.
O ditador recusou a proposta de Kenedy, fez abortar o golpe dos merdosos Botelho Moniz, Costa Gomes & Cª., não aceitou o pedido de diálogo dos independentistas, e neste episódio ficámos a saber que quaiquer supostas veleidades de Deslandes de uma Angola separatista interracista era também uma traição à pátria. Luis Cabral diz neste episódio que, quando Amilcar Cabral enviou a Lisboa a sua proposta-memorando, naquela altura, bastava falar numa autonomia mitigada e a prazo e provávelmente a guerra teria sido evitada. O velho ditador habituado a mandar só e unicamente na sua propriedade portuguesa jamais consentiria que outros mandassem nas suas quintas espalhadas pelo mundo.
Sempre se falou de Costa Gomes como "O Rolha" dada a sua capacidade de se manter à tona. Pois desta história da guerra que, nos parece isenta e totalmente verosímil, ressalta outro "rolha" que ainda anda por aí considerado senador da pátria, o senhor Adiano Moreira. Num seu depoimento colocado no 3º episódio declarou que "era fácil alimentar as esperanças o difícil era concretizá-las". Neste episódio ficou bem claro a que se referia, quando vemos as imagens da sua deslocação a Angola para anunciar o fim do indiginato e prometer igualdade racial para todos desde logo, entre outras várias e vagas promessas. Levou promessas para alimentar as esperanças dos colonos especialmente e, quem sabe, as do próprio Deslandes, mas depois mancomunou-se com Salazar como já o fizera contra Moniz.
Também ficámos agora a saber que com Mondlane, quando conseguiu estabelecer com este alguma simpatia mediante as vagas promessas de diálogo, tentou aliciá-lo para a causa salazarista com um lugar de Professor prestigiado em Lisboa. Mondlane não aceitou, portuguesmente fez-lhe o mamguito, ao responder-lhe que " uma coisa e acertada são as suas idéias outra coisa é o que se passa lá na realidade". As idéias acertadas na boca de A.Moreira só davam para um convite de integração de E.Mondlane na sociedade portuguesa para Salazar exibir mais esse trunfo multiracial interna e sobretudo externamente.
Claro, A. Moreira, cumpridor à risca e exemplarmente, da doutrina do chefe, pelo aparato popular que dava ao seu estilo de vendedor de esperanças, tornou-se motivo de desconfiânça do ditador solitário e foi corrido. Desde a revolução de Abril anda catedraticamente a pregar democracia. Devia começar por ensinar o seu discípulo Paulo Portas porque a descolonização foi como foi e não outra coisa mais pensada e melhor em vez de o deixar andar a atirar culpas para a revolução e para quem a fez.
Ele próprio sim, é um dos grandes responsáveis pela guerra e consequente descolonização em fuga.
Etiquetas: guerra colonial
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