CINEMA II
MANOEL DE OLIVEIRA
Como sócio do Cine-Clube de Faro tinha o convite para assistir ao Doutoramento Honoris Causa de Manoel de Oliveira pela Universidade do Algarve, em boa hora aceite por esta após sugestão do próprio Cine-Clube local. Um imponderável não me permitiu estar presente numa homenagem que faria com o máximo gosto, por isso e embora atrasado aqui deixo o meu enorme apreço pelo grande Mestre do cinema português. Desde os meus tempos de cine-clubista do ABC de Lisboa e leitor atento de revistas de cinema, que frequento os filmes de Oliveira com total aplauso, não obstante mais nuns casos que em outros.
O seu cinema anti-espectáculo mas espectacular, não palavroso mas de palavra, sensual e erótico sem pornografia comercial, capaz de nos oferecer uma erecção intelectual e não muscular, está de acordo com o meu entendimento de cinema. Seus planos contidos e diálogos-mensagem certeiros fazem-nos ver o cinema com a sua pureza original. A sua direcção de actores, muitos de sua escola própria, sem os tiques requentados do Actors Studio, expressam-se frente à câmara com a naturalidade adequada à natureza contemplativa e poética dos seus filmes.
De total acordo com a mensagem do Cine-Clube de Faro também digo:
Obrigado, Manoel de Oliveira
Pelo seu exemplo de criatividade
Pelo seu génio indiscutível
Pela sua força indesmentível
Pela sua perseverança sem par
Pela sua erudição e cultura
Pela sua sensibilidade tocante
Pelo seu estilo único
Pelo seu amor à palavra, à imagem, ao som, à música: ao cinema.
Ainda por cima um Homem sem mácula e português.
A revita "FILME" dirigida por Luis de Pina, nos nºs 54 e 57 de 1963, dedicam-lhe uma atenta crítica cinematográfica já relevante, quando a popularidade de Oliveira era ainda medida pelo anedotário quadrado do pessoal do rectângulo.
Etiquetas: cinema
1 Comments:
Olá!
Obrigado por todas as visitas que ao longo da existência deste blog me fizeram.
Se quiserem passem pela minha casota.
Vou apresentar-vos o meu dono.
Obrigado!
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