sábado, fevereiro 23, 2008

MARAFAÇÕES XLV


SEDES REGENERADORA

A associação SEDES inesperadamente num momento calmo de agitação política ou de rua, lançou uma "Tomada de Posição" em jeito de manifesto com cinco pontos-cosideração.

1. Um Difuso Mal-Estar:
Não sendo um problema exclusivo de Portugal mas civilizacional a Sedes entende ser oportuno chamar a atenção para os sinais de degradação da vida cívica que são causa do tal mal-estar que se vive.

2. Degradação da Confiança no Sistema Político:
Os partidos políticos como pilares da democracia represemtativa têm três papéis a desempenhar; mobilizar os talentos para uma élite de serviço, não ser dominadores ao ponto de asfixiar a Sociedade e o Estado, não devem ser um objectivo em si mesmos.

3. Valores, Justiça e Comunicação Social:
A combinação da imprensa sensacionalista com uma justiça ineficaz e sensação que esta funciona subordinada a agendas políticas. A falta de justiça provoca a confusão e desacredita o sistema político, cria um ambiente de relativismo moral sem valores onde medra a corrupção. O Estado com uma presença asfixiante deixa pouco espaço livre para a iniciativa privada.

4. Criminalidade, Insegurança e Exageros:
A crimilalidade violenta progride e cresce o sentimento de insegurança face à cada vez maior ousadia e impunidade dos criminosos. Para além de alguns fogachos mediáticos não existe acção consistente de prevenção e investigação da justiça para transmitir a tranquilidade necessária.
O estado pratica exageros e zelos fundamentalistas em áreas de pouca relevância como o caso das bolas de berlim e dedica pouca atenção aos casos violentos do crime ou rodoviários.

5. Apelo da Sedes:
Se o mal-estar e a degradação de confiança continuar emergirá, mais cedo ou mais tarde, uma crise social de contornos difíceis de conter. A regeneração é necessária e tem de começar nos próprios partidos políticos. Em geral o Estado tem de abrir urgentemente canais para escutar a sociedade civil e os cidadãos. A SEDES está aberta a alimentar esses canais e frequentar as esferas de reflexão e diálogo que forem efectiva e produtivamente activadas.

Resumidamente são estes os tópicos de reflexão e aviso à nação da Sedes. Nos telejornais vi responsáveis da "Tomada de Posição", para salientar o divórcio entre o cidadão e a política, reafirmarem o caso das eleições para Lisboa, especificando o sucesso das candidaturas à margem dos partidos.
Depois dos industriais e gestores se reunirem para dar recados e avisos ao país com muitos pontos, temos agora a Sedes com uma tomada de posição mais precisa, mais oportunamente política, apelativa aos partidos, Presidente e Assembleia da Répubica, mas dirigida directamente à sociedade civil e aos cidadãos descontentes. Teremos aqui o manifesto de um novo Partido Regenerador? Se sim, que o apelo se faça claro e seja rápido. E ao contituir-se veremos imediatamente se não incorpora os mesmos tiques e vícios dos que já existem e só vem aumentar a ingovernabilidade.

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