NOTÍCIAS VIA MÉDIA
1. Notícia que "pega" na comunicação e faz manchete é sabido que é aquela que é considerada má notícia para o leitor em geral. Agora temos a notícia do elevado aumento do preço do trigo nos grandes produtores o que vai encarecer substancialmente quase todos os produtos alimentícios de grande consumo. Os títulos nos jornais ou a enfase dos locutores marados da nossa TV, são sempre encenados, escritos e apresentados carregando nas tintas à Tarantino, de forma a criar no receptador programado uma indignação de calibre terrorista.
Face a qualquer notícia de um novo foguetão, nova ogiva, nova bala, chama-se logo um expert para comentar o alcance, o raio de acção, causas e consequências de tal maravilha. Abre-se a televisão ou a rádio e lá está alguem sabido a perorar sobre o que devemos fazer acerca de tudo. Contudo perante o facto real do aumento do preço do trigo, apesar dum Alentejo quase na totalidade em "poesio", ninguém nos vem falar da hipótese do seu cultivo rentável e o que isso representaria económica e socialmente para o nosso país.
Para além de saber acerca do aumento, essa era a questão com interesse que gostava ver discutida, analizada e tirar conclusões possíveis. Mas não, posta desse modo a notícia tem o perigo de pôr o leitor ou telespectador a usar o pensamento, por outro lado perde o efeito "bombástico" tão necessário ao sucesso jornalístico dos média actuais.
2. A confirmação de tudo o dito em 1.) é o caso do preço do barril de petróleo. Enquanto o preço subia todos os dias era motivo de abertura de todos os jornais e telejornais. O preço começou a aproximar-se dos 100 dólares/barril, que os locutores marados anunciavam emocionalmente, criando a idéia de uma meta-barreira que ultrapassada seria catastrófica. Comentadores residentes, experts, presidentes de petrolíferas, críticos sabe tudo, mesas redondas, etc., etc., foram convidados para dar prognósticos e palpites.
Agora que o preço/barril começou a baixar já não sabemos a quantos anda o preço do barril. No momento em que passou a ser boa notícia comum, sem carga emocional, deixou de ser notícia jornalística. Noticiar baixa do petróleo implica carga racional no automobilista acerca do preço dos combustíveis e isso não interessa para quem vive da publicidade.
Face a qualquer notícia de um novo foguetão, nova ogiva, nova bala, chama-se logo um expert para comentar o alcance, o raio de acção, causas e consequências de tal maravilha. Abre-se a televisão ou a rádio e lá está alguem sabido a perorar sobre o que devemos fazer acerca de tudo. Contudo perante o facto real do aumento do preço do trigo, apesar dum Alentejo quase na totalidade em "poesio", ninguém nos vem falar da hipótese do seu cultivo rentável e o que isso representaria económica e socialmente para o nosso país.
Para além de saber acerca do aumento, essa era a questão com interesse que gostava ver discutida, analizada e tirar conclusões possíveis. Mas não, posta desse modo a notícia tem o perigo de pôr o leitor ou telespectador a usar o pensamento, por outro lado perde o efeito "bombástico" tão necessário ao sucesso jornalístico dos média actuais.
2. A confirmação de tudo o dito em 1.) é o caso do preço do barril de petróleo. Enquanto o preço subia todos os dias era motivo de abertura de todos os jornais e telejornais. O preço começou a aproximar-se dos 100 dólares/barril, que os locutores marados anunciavam emocionalmente, criando a idéia de uma meta-barreira que ultrapassada seria catastrófica. Comentadores residentes, experts, presidentes de petrolíferas, críticos sabe tudo, mesas redondas, etc., etc., foram convidados para dar prognósticos e palpites.
Agora que o preço/barril começou a baixar já não sabemos a quantos anda o preço do barril. No momento em que passou a ser boa notícia comum, sem carga emocional, deixou de ser notícia jornalística. Noticiar baixa do petróleo implica carga racional no automobilista acerca do preço dos combustíveis e isso não interessa para quem vive da publicidade.
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