quarta-feira, fevereiro 18, 2009

ELUANA E DESCARTES


As investigações médicas chegaram à conclusão que Eluana já não tinha vida cognitiva, não reconhecia, não raciocinava, não pensava. Sendo assim, este caso é um enorme argumento de prova viva contra o grande enunciado cartesiano.
Pois, se não pensava, logo não existia.
Por outro lado, o coração batia e o seu corpo tinha vida, embora vegetativa.
Portanto, se tinha vida, logo existia.
Contudo, é impossível por absurdo, existir e não existir simultâneamente, ser e não ser ao mesmo tempo.
O caso Eluana desmente Descartes e é prova real de que a proposição inversa, "existo, logo penso", tende a ser mais verdadeira, dado que prova que posso existir sem pensar, contudo, ao contrário, não posso pensar sem existir. É evidente que neste caso, prevalece a ideia materialista de que a existência determina o pensar ou o não pensar, logo a consciência.

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