DETERMINISMO E RUPTURA
É UMA IMPOSSIBILIDADE
Libertarianismo e livre arbítrio será uma procura constante dos humanos actuais num apelo, agora cada vez mais racional e intelectual, de recuperar míticas liberdades havidas no primitivismo bárbaro original? De forma nenhuma, nem existiram alguma vez tais extremas liberdades originárias para que possa haver agora a ideia racional e cultural de um regresso a tal possibilidade.
A lei natural e universal a quem ninguém escapa é determinista, é a da liberdade encaminhada, mais ou menos direcionada, sinalizada e balizada. É a lei que permite palmilhar abrindo-o, sem dar-se por isso, um caminho imensamente largo, tão largo que não se dá pelas barreiras muradas dele, mas sem desvios ou escapatórias possíveis, pelo qual segue imparável a marcha da mole humana. O livre arbítrio é a lei individual, é a liberdade pessoal inerente e possível dentro desse caminho largo que a humanidade vai abrindo, sob a lei do determinismo evolucionista global envolvente, num processo não pré-concebido mas necessáriamente concebendo-se caminhando. O determinismo é conduzir numa auto-estrada de várias faixas de rodagem; não se pode mais sair dela, mas é do livre arbítrio escolher a velocidade, a faixa, a ultrapassagem, apitar, acender as luzes, etc. E se o livre arbítrio do indivíduo condutor quiser inverter a marcha também o pode fazer mas sujeita-se ao acidente grave ou mortal.
Desde o princípio todos estamos submetidos individualmente a uma determinação fatal e inescapável, a morte. Desde o nascimento esta determinação condiciona de forma muito apertada a nossa existência: começamos por ser bebés inteiramente sujeitos ao livre arbítrio dos outros, depois rapazes continuamos em grande medida sujeitos às determinações ditadas pelos pais, escola, sexualidade, grupo, moda, cultura, etc. Homens feitos estamos sujeitos às determinações impostas pela necessidade, emprego, familia, filhos, etc. Homens adultos e culturais, temos as nossas inconformidades, protestações, desejos inflamados de todas liberdades sociais e livre arbítrios individuais, e rebelamo-nos, lutamos, estrebuchamos, unimo-nos uns contra os outros e guerreamos para mudar as coisas e o mundo, e sempre em vão. Atingimos a idade madura, e quase sábios de experiência feita, o espectro do fim ameaça a carne, desfigura aspectos e modelos, cria limitações físicas, pressiona o pensamento, torna-nos temporais, determina-nos completamente a existência. Quer nos conformemos ou tenhamos rebelias espasmódicas, já tudo nada adianta e nada há a fazer.
A determinação fatal que carregamos desde o nascimento pôe termo à nossa temporalidade individual e a massa humana global do mundo, continuamente regenerada e por conseguinte ela sim intemporal, prosseguirá abrindo os trilhos que formarão o caminho largo sem retrocessos, desvios ou escapatórias. Quem pensa que pode sair do percurso, inventando atalhos corta-caminho ou sábias receitas de artificiosa engenharia social, para interromper abruptamente o sentido do caminho humano de milhões de anos e inaugurar um novo caminho directo à felicidade, engana-se e fará quem o seguir bater com a cabeça num beco social desgraçado e intransponível. E retornará inevitavelmente ao ponto de ruptura, para reiniciar a caminhada conjunta e prosseguir a sua contribuição no desenhar do traçado da marcha humana que é uma linha sem descontinuidades, sem representação matemática, inequacionável. O determinismo não consente rupturas.
A lei natural e universal a quem ninguém escapa é determinista, é a da liberdade encaminhada, mais ou menos direcionada, sinalizada e balizada. É a lei que permite palmilhar abrindo-o, sem dar-se por isso, um caminho imensamente largo, tão largo que não se dá pelas barreiras muradas dele, mas sem desvios ou escapatórias possíveis, pelo qual segue imparável a marcha da mole humana. O livre arbítrio é a lei individual, é a liberdade pessoal inerente e possível dentro desse caminho largo que a humanidade vai abrindo, sob a lei do determinismo evolucionista global envolvente, num processo não pré-concebido mas necessáriamente concebendo-se caminhando. O determinismo é conduzir numa auto-estrada de várias faixas de rodagem; não se pode mais sair dela, mas é do livre arbítrio escolher a velocidade, a faixa, a ultrapassagem, apitar, acender as luzes, etc. E se o livre arbítrio do indivíduo condutor quiser inverter a marcha também o pode fazer mas sujeita-se ao acidente grave ou mortal.
Desde o princípio todos estamos submetidos individualmente a uma determinação fatal e inescapável, a morte. Desde o nascimento esta determinação condiciona de forma muito apertada a nossa existência: começamos por ser bebés inteiramente sujeitos ao livre arbítrio dos outros, depois rapazes continuamos em grande medida sujeitos às determinações ditadas pelos pais, escola, sexualidade, grupo, moda, cultura, etc. Homens feitos estamos sujeitos às determinações impostas pela necessidade, emprego, familia, filhos, etc. Homens adultos e culturais, temos as nossas inconformidades, protestações, desejos inflamados de todas liberdades sociais e livre arbítrios individuais, e rebelamo-nos, lutamos, estrebuchamos, unimo-nos uns contra os outros e guerreamos para mudar as coisas e o mundo, e sempre em vão. Atingimos a idade madura, e quase sábios de experiência feita, o espectro do fim ameaça a carne, desfigura aspectos e modelos, cria limitações físicas, pressiona o pensamento, torna-nos temporais, determina-nos completamente a existência. Quer nos conformemos ou tenhamos rebelias espasmódicas, já tudo nada adianta e nada há a fazer.
A determinação fatal que carregamos desde o nascimento pôe termo à nossa temporalidade individual e a massa humana global do mundo, continuamente regenerada e por conseguinte ela sim intemporal, prosseguirá abrindo os trilhos que formarão o caminho largo sem retrocessos, desvios ou escapatórias. Quem pensa que pode sair do percurso, inventando atalhos corta-caminho ou sábias receitas de artificiosa engenharia social, para interromper abruptamente o sentido do caminho humano de milhões de anos e inaugurar um novo caminho directo à felicidade, engana-se e fará quem o seguir bater com a cabeça num beco social desgraçado e intransponível. E retornará inevitavelmente ao ponto de ruptura, para reiniciar a caminhada conjunta e prosseguir a sua contribuição no desenhar do traçado da marcha humana que é uma linha sem descontinuidades, sem representação matemática, inequacionável. O determinismo não consente rupturas.
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