quarta-feira, março 25, 2009

ELEIÇÕES EUROPEIAS


E O PSD
Pelos média ainda não se conhece o cabeça de lista do PSD às próximas eleiçoes europeias. Dada a instabilidade proveniente da existência de três nuances políticas dentro no partido, compreende-se que a escolha do candidato cabeça de lista seja um caso complicado; conciliar três opiniões vá lá, mas conciliar três interesses de grupo torna-se bicudo.
O que me espanta nisto, contudo, é que eu pensava que o PSD tinha à partida um cabeça de lista "natural" para esta eleição, e deste modo era o partido sem problemas neste assunto. Falo, claro, de Graça Moura o indefectível cavaquista e sempre ao lado do líder de serviço. Este homem está em Bruxelas há dois mandatos ao serviço do partido, será que não tem experiência mais que suficiente? Ou que não tem capacidade intelectual e política para capitaner a futura equipa parlamentar?
Impossivel questionar quem tem anos e anos de traquejo nos corredores, ruas, cafés, bares, hotéis, museus, exposições e livrarias de Bruxelas e arredores sem uma única queixa de falhanço, indisponibilidade, inconformidade, incompetência ou comparência. Portanto por este lado nada a apontar. Igualmente, a quem leva a vida como escritor, poeta, tradutor, cronista regular de jornais e revistas, conferencista, apresentador de livros seus e outros autores amigos, pensador político doutrinário do carneirismo, do cavaquismo, do mendismo e do manuelismo, será a qualquer título inacreditável não ter em conta tal insuspeito curriculo.
Ou pensarão os do actual PSD precisamente que, por tanto afazer particular do insigne e incansável eurodeputado, precisa o partido de alguém com algum tempo e dedicação ao trabalho do grupo parlamentar europeu? Ou pensará o próprio que o seu adquirido estatudo, ganho na louvaminhice descarada, lhe dá o direito definitivo de receber em grande pela Europa e trabalhar apenas em projectos pessoais de proveito próprio e, como tal não quer ser mais que apenas um entre? Ou já pensarão todos no interior do partido, como certamente muitos portugueses pensam, que basta de parasitismo?

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