PERGUNTA TONTA
Perguntava e insistia à pouco no telejornal o Faria, para a repórter no local do acidente no túnel em Andorra onde os bombeiros tentavam desencarcerar um trabalhador preso nos escombros, nos termos:
"O que diz o homem preso? Sabes o que diz o homem que está preso e estão tentando salvar? Podes saber o diz o homem?
Ó Faria, imagina lá tu o que dirias se estivesses soterrado pelas pernas, imobilizado, ferido, com frio abaixo de zero, eventualmente com as pernas partidas, a sentir-se mais próximo da morte que da vida e o socorro ali à frente, o que dirias tu? Sim o que quererias e dirias tu, ó Faria farisaico?
Provavelmente, o Faria de rabo fofo bem assentado, frente às câmaras e no ar condicionado, deveria estar pensando que o homem queria, antes de tudo e acima de tudo, falar para a repórter e aparecer na rtp. A tonteria desta gente da televisão é tanta que já pensa que uns segundos de televisão vale a vida.
Ou, face à impossibilidade de ter imagens "choque" com sangue, choros e gritos lancinantes em directo, quereria que a repórter se pusesse a relatar dramáticamente a situação, imitando ela própria a tragédia do soterrado. Se no Brasil já se mata para dar em directo e em primeira mão, porque não aqui fazer, ao menos, uma teatralização imitativa do acto em cima do facto?
Ó Faria, vai beber um chá de erva lúcida que isso passa.
"O que diz o homem preso? Sabes o que diz o homem que está preso e estão tentando salvar? Podes saber o diz o homem?
Ó Faria, imagina lá tu o que dirias se estivesses soterrado pelas pernas, imobilizado, ferido, com frio abaixo de zero, eventualmente com as pernas partidas, a sentir-se mais próximo da morte que da vida e o socorro ali à frente, o que dirias tu? Sim o que quererias e dirias tu, ó Faria farisaico?
Provavelmente, o Faria de rabo fofo bem assentado, frente às câmaras e no ar condicionado, deveria estar pensando que o homem queria, antes de tudo e acima de tudo, falar para a repórter e aparecer na rtp. A tonteria desta gente da televisão é tanta que já pensa que uns segundos de televisão vale a vida.
Ou, face à impossibilidade de ter imagens "choque" com sangue, choros e gritos lancinantes em directo, quereria que a repórter se pusesse a relatar dramáticamente a situação, imitando ela própria a tragédia do soterrado. Se no Brasil já se mata para dar em directo e em primeira mão, porque não aqui fazer, ao menos, uma teatralização imitativa do acto em cima do facto?
Ó Faria, vai beber um chá de erva lúcida que isso passa.
Etiquetas: crónica comentário, tv
1 Comments:
Olá muito boa noite.
Antes de mais quero agradecer essas bonitas palavras que fez ao meu blog. Também já tinha visto o seu blog antes,tinha o encontrado por acaso mas depois perdi o nome do blog.Mas voltarei aqui ao seu espaço mais vezes.
Um abraço Cristina
9-11-2009 ás 19:00
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