sábado, outubro 16, 2010

TRIO D'ATAQUE DE NERVOS


O preocupante nisto do futebol é o facto de uma pessoa culta como A-PV deixar-se enredar enviezadamente na teia de arame farpado que é o mundo de sombras do futebolismo ao consentir que inteligência e racionalidade se submetesse à mentalidade obtusa de clubite aguda.
Bem sei, por o ouvir dizer na tv, que dado o ofício de Realizador de cinema não ser modo de vida em Portugal, daí o ter de recorrer à sua subsistência normal como comentador desportivo. Contudo, não havia necessidade de, acriticamente e possuido de clubite aguda, defender um presidente que, como notícias e factos antigos revelaram, enriqueceu repentinamente e teve sérios problemas com a polícia anti-tráfico. E agora emite comunicados ao "povão" da bola e ao país, infiltrados de insinuações e ameaças directas a todos que não colaborem com o Benfica. Este pândego, como bom exemplo do obscuro novo-rico à portuguesa, tomou o gosto e o gozo do poder que lhe proporciona o controlo, ou ideia de controlo e manipulação, da massa clubística racionalmente ignorante, e já se embriagou nele ao ponto de julgar-se senhor de obediência sem crítica.
Fala, dita comunicados, emite opiniões como se o seu clube fôra o mundo e ele rei desse mundo. Em suma, um exibicionismo de rei vai nu, exemplo típico refinado do parolismo à portuguesa. A-PV não é parolo mas acaba por confundir-se com eles ao assumir a parolice do seu presidente.

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