ASAE: O ÚLTIMO A FECHAR A LUZ
Os homens sombra sem rosto, sem memória nem história da fúnebre asae, chegaram indefinidos pela calada e fecharam a única porta aberta ao público neste Lugar de Gorjões. Já o tinham feito antes relativamente à cinquentenária mercearia do Alfredo, agora atacaram a centenária casa que foi sucessivamente taberna, taberna-sapateiro, taberna-casa de bicicletas e era actualmente um café de tipo rural.
A única porta, hoje em dia, diariamente aberta à reunião e convívio dos habitantes locais, também nascida em 1915 como primeira casa aberta ao povo como taberna de vinho e aguardente encerrou, hoje dia 19.11.2010, por ordem dos guadiãos das mãos limpas alheias. Não interessa a história quase quase centenária desta casa, a sua importância social ao longo de anos e anos e ainda hoje, o facto de estar localizada em zona rural de costumes e hábitos diferentes da Cidade, de ser como é hoje há mais de 30 anos, de nascer e existir antes de qualquer asae e dos homens polícias de costumes que determinaram o encerramento.
A democracia segundo a asae é a obediência obrigatória sem recurso, não há hipótese de mínima consulta aos habitantes locais se se sentem ou não incomodados com os móveis existentes, com o assépticismo praticado, com a qualidade das bebidas servidas, se lhes faz falta ou não água quente no WC, a sexagenária "RETRETE" pública. A asae não tráz um plano de mudanças graduais com ajuda própria para o pequeno comércio que conta cêntimos como capital: nada disso, manda fechar e apresenta uma listagem de obras e, faça-se custe o que custar.
Proibiram os filhos dos habitantes de fazer casas de habitação nos avoengos terrenos familiares como sempre fizeram pais e avós, em benefício da construção de dormitórios sem identidade na Cidade. Fecharam as velhas mercearias rurais que foram socorro e segurança social no tempo do racionamento e da fome, em benefício dos novos falsos atraentes centros de consumo sem rosto instalados na Cidade. Agora também nos querem forçar, aos que ainda se podem deslocar, a ir tomar a "bica", comprar cigarros ou beber uma cerveja, à Cidade a um qualquer café de rua muito asséptico e conforme à asae mas sem reunião, sem encontro de falas e histórias, sem cruzamento de vidas e costumes, sem terra ou em terra de ninguém.
Mudam os tempos, mudam as circunstâncias, mudam as palavras e conceitos, mudam os modos de vida e muitas ideias feitas, mudam sistemas de valores e resíduos de costumes e tradições, só não muda a tentação e atracção imperial para a Cidade olhar o Campo como uma sua reserva zoológica.
A única porta, hoje em dia, diariamente aberta à reunião e convívio dos habitantes locais, também nascida em 1915 como primeira casa aberta ao povo como taberna de vinho e aguardente encerrou, hoje dia 19.11.2010, por ordem dos guadiãos das mãos limpas alheias. Não interessa a história quase quase centenária desta casa, a sua importância social ao longo de anos e anos e ainda hoje, o facto de estar localizada em zona rural de costumes e hábitos diferentes da Cidade, de ser como é hoje há mais de 30 anos, de nascer e existir antes de qualquer asae e dos homens polícias de costumes que determinaram o encerramento.
A democracia segundo a asae é a obediência obrigatória sem recurso, não há hipótese de mínima consulta aos habitantes locais se se sentem ou não incomodados com os móveis existentes, com o assépticismo praticado, com a qualidade das bebidas servidas, se lhes faz falta ou não água quente no WC, a sexagenária "RETRETE" pública. A asae não tráz um plano de mudanças graduais com ajuda própria para o pequeno comércio que conta cêntimos como capital: nada disso, manda fechar e apresenta uma listagem de obras e, faça-se custe o que custar.
Proibiram os filhos dos habitantes de fazer casas de habitação nos avoengos terrenos familiares como sempre fizeram pais e avós, em benefício da construção de dormitórios sem identidade na Cidade. Fecharam as velhas mercearias rurais que foram socorro e segurança social no tempo do racionamento e da fome, em benefício dos novos falsos atraentes centros de consumo sem rosto instalados na Cidade. Agora também nos querem forçar, aos que ainda se podem deslocar, a ir tomar a "bica", comprar cigarros ou beber uma cerveja, à Cidade a um qualquer café de rua muito asséptico e conforme à asae mas sem reunião, sem encontro de falas e histórias, sem cruzamento de vidas e costumes, sem terra ou em terra de ninguém.
Mudam os tempos, mudam as circunstâncias, mudam as palavras e conceitos, mudam os modos de vida e muitas ideias feitas, mudam sistemas de valores e resíduos de costumes e tradições, só não muda a tentação e atracção imperial para a Cidade olhar o Campo como uma sua reserva zoológica.
Etiquetas: gorjões
2 Comments:
Mais uma injustiça das leis aberrantes que se fazem no nosso país. Ouve-se por aí o constante blá blá blá de que é preciso proteger o comercio local, os pequenos comerciantes e as micro empresas e só se protegem as grandes superfícies.
Para além de remeterem os proprietários destes pequenos negócios para situações económicas difíceis vão descaracterizando as nossas aldeias e os seus espaços de convívio.
É excesso de zelo o desta ASAE.Quem visita países estrangeiros vê o comércio de rua a enfeitar as zonas mais turísticas das cidades,em Paris por exemplo.
Os senhores fazem as leis e mesmo sabendo que são um fracasso não as retiram. PREPOTÊNCIA E RATOS DE GABINETE que não conhecem o povo a que pertencem.
Hipocrisia e corrupção. O País está minado. Estamos na boca do Lobo, prontos para ser engolidos e desfeitos em digestoes rápidas e eficazes de tal forma que, quando ele nos defeca,ficamos sem qualquer hipoteses de nos reerguermos...O Lobo devia pensar um bocado...dessa forma eleminatória como nos ingere e nos degusta um dia vai-lhe faltar comida... e aí irá morrer de fome. Talvez o Lobo se esteja a suicidar... mas antes vai nos matar todos...
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