segunda-feira, setembro 02, 2013

OS PANDEGOS DO EIXO DO MAL

Inacreditável. Os grandes pandegos do eixo do mal na sic ontem (talvez com excepção da Clara que não me perece se tenha pronunciado desse modo) alegaram como argumento irrefutável contra a intervenção na Síria, vejam bem, o facto de os 1500 mortos com gáz não representarem nada face aos mais de 100.000 vitimas da guerra até hoje.
Segundo tal princípio todos massacres seriam justificados a partir do momento em que a guerra tenha produzido muitas mortes e quantas mais produzir mais justificados serão os massacres mesmo especiais ou com que requinte de barbaridade tenham sido cometidos.
Querem maior argumento para dar razão aos negacionistas do Holocausto ou que andam lá próximos dessa posição sobre o mesmo? Para quê discutir os 6 milhões de mortos nas câmaras de gáz face aos mais de 100 milhões de mortos no campo de batalha?
Os pandegos que mais se deleitaram com este argumento de ultra relativismo esquerdelho-intelidigente que sacaram da cachimónia foram, claro, os moços do Balsemão e do Belmiro, dois bloquistas um da esquerda e outro da direita puras mas de facto todos ao serviço da situação.
Sim, porque tal tipo de raciocínio está na mesma linha do argumento de passos coelho ao perguntar para que serviu aos 900.000 desempregados a Constituição. Para que serve uma Constituição da Républica e pagar a juizes que verificam a constitucionalidade das propostas do governo se tal não só não evita que haja 900.000 desempregados como, na perspectiva de passos, os chumbos dos juizes só provocam mais desemprego?
Que são 900.000 desempregados, segundo passos, perante as medidas alternativas "muito mais gravosas que teremos de tomar" que por sua vez provocarão mais empobrecimento e desemprego?
E seguindo o mesmo sentido de raciocínio saído do bestunto dos pandegos do eixo do mal que são 900.000 desempregados face aos potenciais 5 milhões de portugueses desempregados?    

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