A TRINDADE DE CRENTES E A CATARSE COLECTIVA
A expiação de culpa decretada pelos beatos Cavaco, Passos e Portas aos portugueses continua. E cada vez mais intensa e visível na medida em que a trindade crente continua culpando os portugueses de pulhas malandros que viveram acima das possibilidades à custa dos austeros e mui trabalhadores dos países nórdicos.
E, para cúmulo da indecente provocação feita aos portugueses, esta é capitaneada por alguém que começou a trabalhar aos 40 anos num emprego oferecido por amiguismo partidário e não por mérito e de seguida se candidatou ao "emprego" de 1º ministro (foi ele que o disse, asssim mesmo) onde aterrou vindo das nuvens onde os media o tinham colocado como anjo salvador para ocultar o estado de penugem de suas asas e inteligência.
Os media portugueses, servis dos donos, ao contrário de Aristófanes colocaram o bem, o melhor que existia, na terra como sendo o inferno e o mal, o pior potencialmente existente, nas nuvens como sendo o anjo salvação da pátria em perigo.
Enganaram deliberadamente os portugueses. Tanto os que continuam a defender a expiação empoleirados a sacar do pote como os que agora aparecem arrependidos porque não foram convidados a empoleirar-se no saque ao pote.
Hoje foi mesmo no local de Quarteira onde passo uns dias de férias: um rapaz de 29 anos desempregado atirou-se dum 14º andar. Salvou-o da morte certa o facto de ter caído sobre a capota de um carro que lhe amorteceu a queda e o enviou para o hospital todo partido.
Mais um dos casos, já diários, de tentativa de suicídio, pelo que ouvi no local, promovido por um estado depressivo já antigo e permanente devido a problemas familiares face ao desemprego e falta de perspectivas de futuro.
A juntar aos que morrem diariamente por falta de assistência médica, de medicamentos, de tratamento adequado e muitos outros que sem meios de subsistência se isolam para esconder a decadência e definhamento em direcção à "solução final", este é mais um caso a debitar na conta da trindade redentária.
À falta de judeus e mouros agora são os próprios trabalhadores portugueses que são apontados como hereges. E para cúmulo da nossa desgraça é o próprio governo de Portugal que se organizou como tribunal da santa inquisição para nos derreter em lume brando.
A História não deixará de responsabilizar quem determinou e impôs esta catarse bíblica ao inocente povo portugues por meio do empobrecimento até á miséria.
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