A UTOPIA DE JOSÉ PINTO CONTREIRAS 7
JOSÉ PINTO CONTREIRAS
MASSIFICAÇÃO; FALÊNCIA DA UTOPIA
Este
entusiasmo de festa e alegria foi constante e cresceu durante anos a fio até
atingir pontos altos nos finais dos anos cinquenta do Séc XX.
Nesta altura
o país, face à outra Europa em forte crescimento de reconstrução pós-guerra, era
muito pobre e o povo vivia com muita dificuldade e miséria. Com a chegada do
turismo e depois o surgimento da guerra colonial no começo dos anos sessenta provocaram
uma procura constante aos trabalhos na actividade turística junto às praias da costa e,
sobretudo, uma fuga em corrida à emigração, nomeadamente, para França.
A
desvalorização dos frutos secos retiraram quase totalmente o rendimento da
terra às famílias. As leis de protecção à cidade-dormitório que proibiam a
construção nas terras junto das velhas casas de pais e avós forçaram a ida dos
jovens para apartamentos na cidade, massificando-a e provocando a inevitável desertificação
humana dos sucessores naturais de várias gerações consecutivas dos povoados ancestrais do Barrocal.
A bela e sentida utopia nascida e criada aqui, inspirada nos modelos observados durante a participação
pessoal na primeira Grande Guerra, manteve-se viva e actuante como força de modernidade e civilização durante meio
Século no Sítio de Gorjões.
Cumpriu
plenamente o sonho que se fez utopia e foi futuro no seu tempo.
(conclusão)
(conclusão)
Etiquetas: a utopia, josé pinto contreiras
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