LUTA EDUCATIVA, ELUCIDATIVA II
Continuam, sob os pontos de vista mais variados, as opiniões sobre a luta de pugilato ocorrida no Carolina de Michaelis. Professores e Sindicatos contra a reforma em curso vêem nas imagens filmadas a ministra na figura da aluna atacante, como se antes desta ministra e antes da reforma em curso não tivessem já havido imensas cenas semelhantes ou piores. Mas muito maior visibilidade para a mente condicionada-deformada de certo tipo de jovens, a somar a outras visibilidades televisivas, cinemetográficas, romancescas, webbianas, tem a destemperada facilidade com que os adultos se desrespeitam e insultam em casa, nos protestos de rua, nas manifestações, nas constestações, nos comícios, nos estádios, etc. que eles captam como ensinamento e legitimação para seu uso pessoal por imitação, reforçada e ampliada pelo desejo do moderno mito que consiste em obter o estatuto de "herói do dia".
Vi na tv uma psicóloga tagarelar sobre que o telemóvel era a extensão do braço dos jovens, que era complicado tirar-lhe(cortar-lhe) essa parte da mão, etc. e tal e tal, etc. e tal. Bem, um dia estes jovens levam a bola para a sala de aula e ninguém lhes poderá tirar a bola de jogar na aula porque a bola será, obviamente, a extensão do seu pé. Quem diz uma bola pode dizer uma pistola, um punhal, uma granada, uma fisga, etc., etc. Este argumento psicológico, dos leitores e intérpretes da mente alheia, é insuportavelmente arrasador.
O imperador da opinião caseira VPV, diz que os pais não senhor, nada, nicles, qual culpados da mal-criada menina, nem pensar, e diz poquê: «não lhe cheira que a aluna do telemóvel bata habitualmente nos pais como bateu na professora». Este imperial opinador detecta, as qualidades morais juvenis, a longa distância pelo seu dotado e teleguiado "cheiro" com eficácia mui superior ao simples faro dos cães. Por onde anda VPV que não vê nos cafés, nas esplanadas, nos espectáculos, nos jardins, onde quer que se juntem grupos de pais com criânças, pequenezas de 3,4,5,6 anos voltarem-se contra os pais ou avós, levantarem as mãos ou mesmo atirarem pomtapés às canelas dos progenitores? Não conheço os seus relacionamentos que só o levam a pensar pelo cheiro das coisas, mas posso afirmar que nos meus relacionamentos e de outros que conheço e observo, a maldadezinha das criancinhas é muito precoce e tem muita protecção dos pais que a tomam como vivacidade e inteligência. Deixados à solta face ao grupo, à televisão, ao cinema de facadas, sangue e sexo, à webb pornográfica, rápidamente ficam escolarizados e mestrados em comportamentos tal qual a menina de bom "cheiro" para VPV.
Uma opinião cinematograficamente interessante é dada por José Victor Malheiros na crónica"Os valores da câmara". Refere-se á valorização projectada pela mediatização televisiva do acontecimento: os jovens, neste caso, como noutros os jovens, adultos e velhos, onde aparece a tv são como borboletas tontas frente à objectiva da câmara de filmar. O jovem realizador de telemóvel manda afastar do enquadramento da "acção", os colegas que lhe tapam o campo fílmico, e pergunta se a menina não estaria a representar de heroína para o You Tube. Tudo bem, observado sob o prisma da superioridade actual da imagem sobre a ética.
Mas a questão a pôr é a seguinte: e como chegámos a esta sobrevalorização e sobreposição dos valores virtuais da imagem sobres os valores morais e éticos, liames da sociedade? Que se passou entretanto, desde há muitos anos, para se atingir este estádio de representação da sociedade com valores invertidos? Não será, não por acaso, pelo facto de modernamente o "porco, bruto e mau" ser quase universalmente, não o vilão da "fita"(cinema, telenovela, romance, anedotas, histórias, contos, etc.), mas a personagem caída em graça e mensagiada como o herói? A simpatia intelectual pelo revoltado sem causas, pelos feitos de ladroagem e malvadez, pelo drogado social, pela actitude insociável, pela rebeldia velhaca, pela violência gratuita, etc., etc., tantas vezes defendida por realizadores, psicólogos, sociólogos, pensadores e romancistas comerciais, fazem que os homens que labutam honesta e duramente o dia a dia se sintam marginalizados e desorientados face aos valores tradicionais. O desânimo apodera-se da parte sã da sociedade e esta é deixada à voragem da marginalidade. Os "casos" e os respectivos "heróis" começam a surgir em catadupa como é a tendência actual.
Na sociedade da abundância do Estado providência o herói é o marginal, sinal evidente do nosso olhar e pensar decadente actual.
Vi na tv uma psicóloga tagarelar sobre que o telemóvel era a extensão do braço dos jovens, que era complicado tirar-lhe(cortar-lhe) essa parte da mão, etc. e tal e tal, etc. e tal. Bem, um dia estes jovens levam a bola para a sala de aula e ninguém lhes poderá tirar a bola de jogar na aula porque a bola será, obviamente, a extensão do seu pé. Quem diz uma bola pode dizer uma pistola, um punhal, uma granada, uma fisga, etc., etc. Este argumento psicológico, dos leitores e intérpretes da mente alheia, é insuportavelmente arrasador.
O imperador da opinião caseira VPV, diz que os pais não senhor, nada, nicles, qual culpados da mal-criada menina, nem pensar, e diz poquê: «não lhe cheira que a aluna do telemóvel bata habitualmente nos pais como bateu na professora». Este imperial opinador detecta, as qualidades morais juvenis, a longa distância pelo seu dotado e teleguiado "cheiro" com eficácia mui superior ao simples faro dos cães. Por onde anda VPV que não vê nos cafés, nas esplanadas, nos espectáculos, nos jardins, onde quer que se juntem grupos de pais com criânças, pequenezas de 3,4,5,6 anos voltarem-se contra os pais ou avós, levantarem as mãos ou mesmo atirarem pomtapés às canelas dos progenitores? Não conheço os seus relacionamentos que só o levam a pensar pelo cheiro das coisas, mas posso afirmar que nos meus relacionamentos e de outros que conheço e observo, a maldadezinha das criancinhas é muito precoce e tem muita protecção dos pais que a tomam como vivacidade e inteligência. Deixados à solta face ao grupo, à televisão, ao cinema de facadas, sangue e sexo, à webb pornográfica, rápidamente ficam escolarizados e mestrados em comportamentos tal qual a menina de bom "cheiro" para VPV.
Uma opinião cinematograficamente interessante é dada por José Victor Malheiros na crónica"Os valores da câmara". Refere-se á valorização projectada pela mediatização televisiva do acontecimento: os jovens, neste caso, como noutros os jovens, adultos e velhos, onde aparece a tv são como borboletas tontas frente à objectiva da câmara de filmar. O jovem realizador de telemóvel manda afastar do enquadramento da "acção", os colegas que lhe tapam o campo fílmico, e pergunta se a menina não estaria a representar de heroína para o You Tube. Tudo bem, observado sob o prisma da superioridade actual da imagem sobre a ética.
Mas a questão a pôr é a seguinte: e como chegámos a esta sobrevalorização e sobreposição dos valores virtuais da imagem sobres os valores morais e éticos, liames da sociedade? Que se passou entretanto, desde há muitos anos, para se atingir este estádio de representação da sociedade com valores invertidos? Não será, não por acaso, pelo facto de modernamente o "porco, bruto e mau" ser quase universalmente, não o vilão da "fita"(cinema, telenovela, romance, anedotas, histórias, contos, etc.), mas a personagem caída em graça e mensagiada como o herói? A simpatia intelectual pelo revoltado sem causas, pelos feitos de ladroagem e malvadez, pelo drogado social, pela actitude insociável, pela rebeldia velhaca, pela violência gratuita, etc., etc., tantas vezes defendida por realizadores, psicólogos, sociólogos, pensadores e romancistas comerciais, fazem que os homens que labutam honesta e duramente o dia a dia se sintam marginalizados e desorientados face aos valores tradicionais. O desânimo apodera-se da parte sã da sociedade e esta é deixada à voragem da marginalidade. Os "casos" e os respectivos "heróis" começam a surgir em catadupa como é a tendência actual.
Na sociedade da abundância do Estado providência o herói é o marginal, sinal evidente do nosso olhar e pensar decadente actual.
Etiquetas: crónica comentário
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