sábado, junho 07, 2008

MARAFAÇÕES LVI

PALRADOR ENTRE PALRADORES

Ontem VPV, no comentário da tvi face à desfigurada MMG, também grande fingidora das dores alheias, sobre os feitos da actual governação dizia (cito no sentido da idéia dado que o faço de memória) :
- Falhou redondamente e depois atira as culpas ou para a herança dos governos passados, ou para a crise externa, ou para o mundo, etc., nada de mau é com o governo, para este vivemos no mundo perfeito, etc., etc., e portanto o governo está morto e acabado.

Depois, questionado sobre o facto do PM dizer que estava determinado a enfrentar a crise actual, respondeu:
- Enfrentar como? Não fez nada, não fez as reformas precisas, não fez crescer a economia, não preparou o país para dificuldades. É só conversa, não vai enfrentar coisa nenhuma, e depois o que pode ele fazer se a crise é europeia, quase geral e cujas causas ele não controla nem pode intervir minimamente nelas?

Ainda antes sobre a questão de Manuel Alegre e a sua participação na festa bloquista, dizia que dali tinha saído zero de soluções para os problemas actuais do país e que daquela esquerda bem pensante moralista levantam-se sempre alto a proclamação dos valores sociais e a defeza exigente do bem estar contra a pobreza, mas jamais saem receitas práticas como alcançar tais desejos em liberdade democrática.

Foi, grosso modo, mais do mesmo que já tinha dito também ontem no Público. Que ninguém fez nada, ninguém faz nada, apenas desculpas de que a crise é mundial e vem de fora, mas para explicar se e como enfrentar a crise, como está em directo e já se esqueceu do que disse anteriormente, lá vai dizendo que não se pode controlar o que é imposto do exterior.

Quem tem acompanhado o percurso político de VPV sabe perfeitamente qual a sua contribuição activa, de sábio e inteligente como é apresentado pela locutora, para o avanço político-democrático e social da sociedade portuguesa. Sabe, porque não tem outras provas, que VPV é mais um e tal qual, como os tais das festas de bem falantes moralistas, ou seja mais um palrador entre os muitos palradores que sabem tudo o que é mal feito, sabem tudo o que está mal, sabem apontar a dedo (a letra de forma, ou de boca) todos os males, conhecem a fundo todas as causas do mal do país, só não são capazes de sujar as mãos, pegar no país e transformá-lo nesse sonho pensado.

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