domingo, agosto 09, 2009

O MONIZ DA TV II


FOGE
Toda a recente movimentação do Moniz com tentativas encenadas de saídas pressionadas por poderes inimigos exteriores, não passam de golpaças de fumarada para encobrir as verdadeiras motivações e desejos pessoais. Moniz na tvi já não tinha grande espaço de progressão de audiências: já esgotara todas as formas de programação subjacentemente de cariz pornográfico e pedófilo para gáudio da estultícia nacional. Era o caso, por um lado, dos reality-shows de enredo e encenação dissimulada de bordel fino e o caso, por outro lado, das telenovelas feitas com "turmas" de infantis que, apenas com idade para brincar no recreio, namoram à grande e "turmas" de meninos e meninas adolescentes que em vez de estudar passeiam-se pelos corredores e estacionam nos cantos em insinuosas poses de lascividade ao nível do show de streaptease, numa linha estudada e coerente de encenação e representação até ao pormenor, de forma apelativa aos instintos primitivos sexuais dos espectadores irracionalizados pela injecção de doses maciças diárias, com o premeditado objectivo de criar dependências viciosas que fácilmente os podem conduzir à pedófilia. Ir mais além da baixeza televisiva que já atingira, obrigava-o a ultrapassar a moral do senso comum que é o seu público, o que era perigoso para o auditório, e sobretudo seria obrigado a pisar grosseiramente a legalidade o que, mesmo que viesse mais uma vez fazer "voz grossa" para o écram, podia não ser suficiente face a um juiz duro. Portanto, logo.

Outra dor do Moniz era a tvi24. O "gajo expert" que é, aplicou à informação a mesma táctica que sempre aplicou, com resultado favorável, em todas suas passagens por tvs de pimbalhice generalista: fazer informação cinematográfica à base de efeitos especiais, fazer espectáculo maior que a notícia, fazer da televisão em si e seus funcionários jornalistas e actores a fonte de notícias, em suma dar notícias espalhafatosamente e fazer do espalhafato notícia própria. No fundo, a fabricação do estado moto-contínuo que sempre resultou nas tvs generalistas e que se resume na célebre defesa do lixo televisivo com a tese: -nós damos aquilo que o público gosta e pede -. Parta-se uma perna a uma pessoa e pergunte-se o que ela quer: dirá, primeiro que tudo, que quer uma muleta. Assim é o valor da tese de defesa dos rangéis e monizes das nossas tvs. Falhado o modelo, era obrigado a mudar o plano: um sintoma de fraqueza e coisa dolorosa para tamanha arrogância. Logo, portanto.

De facto o Moniz enganou-se ao julgar que o público consumidor leitor de notícias era o mesmo que consome telenovelas. Ou então, o grande gozador que é dos portugueses pensou, tal como o seu ilustre mestre Rangel, que numa terra de ignorantes vende-se o que a tv quizer vender: um Presidente ou notícias como a um sabonete. Felizmente parece que não é bem assim e por causa: o melhor é arrecadar o que ainda é possível. E fugir.