UM DIA NO HOSPITAL DE FARO II
AS PERIPÉCIAS
Como já expliquei, entrámos, doente e eu, o "acompanhante", no Hospital de Faro às 20,30H do dia 2 e saímos às 16,30 do dia 3 deste mês: 20 horas passados no interior do hospital para realizar 4 operações médicas normais que gastaram um total de 1,3o horas. O resto do tempo foi gasto em esperas intermináveis e outras, as maiores, inteiramente absurdas.
Depois do curativo à ferida, com pontos na cabeça, na "pequena cirurgia", surgiram sintomas de que algo não estava funcionando bem. Após 1/2 hora de espera chegou a maca à porta da sala de radiografia quase contígua à anterior. Passado 1/4 de hora, a maca com o doente, deu entrada na radiografia e passados 2 minutos os mesmos foram postos de novo à porta, motivo: a ficha do doente não constava no computador do seviço de radiografia. O empregado auxiliar que andara com a maca, de boa vontade para resolver o enigma da "branca" do ficheiro, andou de um lado para outro e até levou à entrada a braçadeira amarela identificadora do processo. A boa vontade do maqueiro desbloqueou a boa vontade do pessoal da radiografia e finalmente à meia noite o cirurgião podia verificar que radiograficamente estava tudo bem.
Perguntei se o doente ia ter alta e o cirugião respondeu que não: o doente ia ser enviado para o "Balcão Verde-Azul" para ser observado afim de tentar determinar-se a causa do desmaio e consequente queda e ferida.
Três horas à porta do "Balcão Verde-Azul", com um corropio de médicos, enfermeiros, auxliares do serviço a passar junto de nós e, nada. Interpelámos a enferneira do serviço que, atenciosa, nos atendeu e prometeu ver o que se passava. Passáva-se que o médico, sem observar a doente e sequer informar disso, decidira mandar fazer um tac à cabeça da doente. A emfermeira informou que o tac só poderia ser feito por volta das 10,00h. Acerca dessa hora telefona-me o doente que já tinha feito o tac e podia ir buscá-lo. Ó surpresa fantástica: fantástica de fantasmas. A doente estivera na máquina do tac mas no último momento não fora accionada para realizar a operação: outra vez a identificação do doente não constava no computador deste serviço. Situação kafkiana: a doente foi colocada no corredor à pora do tac numa situação de total abandono. O sistema de comunicação informática não comunicava logo, o médico que receitara o tac, como não recebia informação do doente apagou-o da memória, ou melhor desaparecera o seu rastro no meio da burocracia informática e por conseguinte prefigurava-se uma situação de "perdido".
E assim estava e bem podia ter ficado a situação, até esticar-se e rebentar o sistema nervoso e gerar-se uma humana revolta de palavras azedas, caso não surgisse do interior do hospital a Sandra, amiga quase familiar, que se propôs resolver o caso dado tratar-se de assunto obrigatório do seu serviço de apoio aos utentes. Mesmo assim, contando com toda a diligência e boa vontade da Sandra, só foi possível realizar de facto o tac cerca das 15,00h e sair do hospital pelas 16,30 horas.
Descritas todas as peripécias, para-kafkianas, passadas no hospital de Faro durante 20,00 horas, na próxima direi das impressões tiradas e retidas a partir das situações atentamente observadas.
Depois do curativo à ferida, com pontos na cabeça, na "pequena cirurgia", surgiram sintomas de que algo não estava funcionando bem. Após 1/2 hora de espera chegou a maca à porta da sala de radiografia quase contígua à anterior. Passado 1/4 de hora, a maca com o doente, deu entrada na radiografia e passados 2 minutos os mesmos foram postos de novo à porta, motivo: a ficha do doente não constava no computador do seviço de radiografia. O empregado auxiliar que andara com a maca, de boa vontade para resolver o enigma da "branca" do ficheiro, andou de um lado para outro e até levou à entrada a braçadeira amarela identificadora do processo. A boa vontade do maqueiro desbloqueou a boa vontade do pessoal da radiografia e finalmente à meia noite o cirurgião podia verificar que radiograficamente estava tudo bem.
Perguntei se o doente ia ter alta e o cirugião respondeu que não: o doente ia ser enviado para o "Balcão Verde-Azul" para ser observado afim de tentar determinar-se a causa do desmaio e consequente queda e ferida.
Três horas à porta do "Balcão Verde-Azul", com um corropio de médicos, enfermeiros, auxliares do serviço a passar junto de nós e, nada. Interpelámos a enferneira do serviço que, atenciosa, nos atendeu e prometeu ver o que se passava. Passáva-se que o médico, sem observar a doente e sequer informar disso, decidira mandar fazer um tac à cabeça da doente. A emfermeira informou que o tac só poderia ser feito por volta das 10,00h. Acerca dessa hora telefona-me o doente que já tinha feito o tac e podia ir buscá-lo. Ó surpresa fantástica: fantástica de fantasmas. A doente estivera na máquina do tac mas no último momento não fora accionada para realizar a operação: outra vez a identificação do doente não constava no computador deste serviço. Situação kafkiana: a doente foi colocada no corredor à pora do tac numa situação de total abandono. O sistema de comunicação informática não comunicava logo, o médico que receitara o tac, como não recebia informação do doente apagou-o da memória, ou melhor desaparecera o seu rastro no meio da burocracia informática e por conseguinte prefigurava-se uma situação de "perdido".
E assim estava e bem podia ter ficado a situação, até esticar-se e rebentar o sistema nervoso e gerar-se uma humana revolta de palavras azedas, caso não surgisse do interior do hospital a Sandra, amiga quase familiar, que se propôs resolver o caso dado tratar-se de assunto obrigatório do seu serviço de apoio aos utentes. Mesmo assim, contando com toda a diligência e boa vontade da Sandra, só foi possível realizar de facto o tac cerca das 15,00h e sair do hospital pelas 16,30 horas.
Descritas todas as peripécias, para-kafkianas, passadas no hospital de Faro durante 20,00 horas, na próxima direi das impressões tiradas e retidas a partir das situações atentamente observadas.
Etiquetas: algarve saúde hospital faro
1 Comments:
Caro "j.neves"
Nao comento por enquanto mas deixo duas perguntas!
Primeira:-Sera esta a situacao generalisada do servico de saude nacionalisado?
Segunda:- Seria esta situacao num hospital privado?
Um abraco e fico esperando pelo epilogo
Dcs
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