segunda-feira, maio 17, 2010

TÉNIS ASSIM, SIM

ARAVANE RESAI
De repente e por acaso dei-me a ver a, para mim desconhecida, tenista Rezai a jogar e não mais larguei o televisor. Aquele é o ténis que eu sempre desejei ver jogar um dia: ganhar ao adversário vergando-o e não esperar que o adversário perca por erros. Considero que Federer joga um ténis quase perfeito de técnica, presisão e varidade dos golpes e também ataca muito os adversários, contudo tem também longos períodos de apatia e vai-se abaixo quando o opositor persiste e consegue ser eficaz. No recente jogo perdido no Jamor nem conta: foi apenas interesse pelo treino e total desinteresse pelo jogo e victória.
Rezai ataca todas as bolas até obrigar o adversário a ser batido ou a falhar a resposta. E é continuamente assim que joga sem períodos de descanso e espera pelo erro do adversário: um jogo totalmente ao ataque até á impotência do adversário, à rendição face ao ataque sistematico sem tréguas. Claro que acaba, por sobre-esforço, por ter lapsos de tempo que falha mais e faz o adversário respirar e equilibrar o jogo, contudo mesmo assim não deixa de continuar a fazer o seu jogo de imposição pela rapidez, força e colocação da pancada.
O jogo de Rezai é o contrário do jogo dos "experientes" ou dos "velhos" que jogam sempre mais sobre a hipótese de uma resposta certinha até à falha do adversário por desespero: aquilo a que nos jogo dos "velhos" se chama jogo manhoso sempre defensivo, no mínimo esforço, salpicado de bolas-colocadas-estudadas quando o adversário está "enfastiado" de troca de bolas.
O meu gosto pelos jogos, sejam quais forem, foi sempre de simpatizar com o jogo pelo jogo, o gozo do jogo, o jogar para bater o opositor pela superioridade do jogo e não baseado em jogo calculista defensivo à espreita do erro do adversário. Rezai é o exemplo daquilo que eu penso sobre o jogo, neste caso o jogo de ténis.

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