sexta-feira, julho 22, 2011

HÁ MENTIRAS E MENTIRAS


Bem, para quem chamava mentiroso a um PM que não atingia as metas prometidas em campanhas eleitorais, não obstante andar sempre lá próximo nuns casos e ultrapassando noutros, temos de confessar que mentiras do calibre como as utilizadas presentemente nunca se haviam visto em nenhum outro governo.
É que uma coisa é fazer promessas para o futuro, coisa indecifrável sujeito a todo o tipo de intempéries de acontecimentos sociais, políticos, financeiros e outros cataclismos da sociedade totalmente incontroláveis. Neste aspecto, todos nós mentimos quase diariamente, quando saímos à rua para fazer uma lista de coisas e depois só conseguimos fazer metade.
Este governo deste PM teve a sua causa fundadora assente numa mentira tão descarada e desonesta como só um batoteiro profissional, ao negar pública e perentoriamente, poucas horas após, um acontecimento tido e havido em que participara pessoal e fisicamente durante horas seguidas.
Fazer isto, não se trata de praticar uma desonestidade intelectual, é pura e simplesmente um acto de carácter mentiroso.

Agora, para justificar medidas de aumentos de impostos, não previstos nem obrigados pelos compromissos com a troika, atirou à cara do povo o bolo de um "desvio colossal" nas contas públicas herdadas do anterior governo, que agora face ao desmentido dos números da execução orçamental do semestre, veio dar o dito por não dito atirarando à cara do povo que não falara em "desvio colossal" mas em "esforço colossal".
Outra mentira descarada do mesmo calibre da anterior e, tal como essa, reveladora de carácter a toda a prova de honestidade e honradez.

Mas, segundo o meu entendimento e prática do que é ser honesto e ter vergonha na cara face ao outro e sobretudo face ao povo, pior é a desfacatez deste PM ao vangloriar-se de que "pela primeira vez um governo vai à frente dos acontecoimentos e não a reboque dos acontecimentos", pelo facto de impôr de rompante aos portugueses um imposto brutal à maneira de saque, não previsto e tomado como medida preventiva.
Agora, seguida de aumentos brutais nos transportes, sem ainda ter cortado quaiquer gorduras e despezas intermédias que eram desculpa e pau para toda a obra eleitoral dos imensos, doutorais e minuciosos estudos económico-financeiros que as sumidades e sábios tinham em carteira.

Bem, se continuar mais uns meses nesta pedalada para se manter à frente dos acontecimentos, os portugueses vão pensar que este PM tem instintos de preparador de frangos para os supermercados dos merceeiros amigos.

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