sábado, março 30, 2013

SÓCRATES DE PORTUGAL



Sobre Sócrates já todo o mundo político português se pronunciou. Quer os políticos quer a maoria dos comentadores que, os quais também face a Socrates não conseguem esconder o rabo quanto mais a cabeça, fazem a análise impossibilitados de fugir ou fingir o seu alinhamento político-ideológico.
Contudo a precisão das palavras que tornam as frazes límpidas e o discurso nítido e compreensível no momento em que discorre e se transmite ao ouvinte, deixa pouca margem para os críticos fazerem esse jogo de retórica que é refugiarem-se em alguma contradição ou na redução da crítica a um tema menos claro. Também as respostas dadas sempre precisas e sem hesitação não deixam margem à exploração de que o "homem feroz" tem dúvidas ou deu respostas evasivas sobre alguma matéria.
Face à pouca margem para se poderem refugiar aqui ou ali numa imprecisão ou dúvida do pensamento claro e escorreito discorrido, refugiam-se em afirmações simplistas como "afinal veio falar do passado" ou " foi sobretudo um ajuste de contas com o passado" e de seguida vincarem que "o passado já foi, não interessa". Outros, feitos ingénuos repetem candidamente "é o mesmo que foi sempre", "voltou igual a si mesmo", "como é possível que depois de dois anos não tenha mudado nada?". Estes são geralmente os mesmos que, noutras circunstâncias, fagem hiper-elogios à coerência.
Evidentemente, passado o susto e falta de resposta imediata, os medíocres que sempre tentam subir uns degraus parasitando os melhores, vão ao baú das contas mal amanhadas ou viciadas, das manchetes do correio da manha, às insinuações citadas em terceira via ou mesmo às mentiras descaradas, para voltarem à vaca fria de dois anos atrás.
Mas, hoje em dia, estes trapaceiros tem dificuldades quase intransponíveis. Passados estes dois anos o povo, mesmo o menos preparado, agora ensinado e esclarecido pela prática governativa dos que vendiam antes a narrativa da malvadez do Homen, ao praticarem, eles sim, uma governação de malvadez que, vêem agora e sentem bem na carne e afinal nunca viram nem sentiram com o "malvado" a quem apontavam o dedo, o povo está ceptico e não vai facilmente na manipulaçao e conto do vigário de vigaristas bem apresentados de jornalistas da rádio, tv e kassetes piratas.
A intuição de quem pratica a malvadez e é o malvado mudou de campo mesmo para o homem comum. A narrativa doentia de criar um bode expiatório e corporizar nele todo o mal do mundo, de tão doentia que foi deu em doença crónica e hoje está leprosa à vista e moribunda.
Os papéis inverteram-se e nem mesmo a totalitária propaganda feita nos media a mando dos seus patrões consegue convencer as donas de casa que contam os centimos para comer. A percepção do povo acerca de quem são os verdadeiros mentirosos está a mudar e a virar-se para o alvo certo a grande velocidade.
Sócrates, pelo uso da palavra precisa e exposição pública das ideias necessárias e precisas para enfrentar a crise e dar um rumo de esparança ao povo, pode ser ainda o que entender ser melhor para Portugal.

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