quinta-feira, dezembro 12, 2013

CARTA À FAGAR



Gorjões, 12 de Dezembro de 2013

Exmos. Senhores,

Tenho presente a Vossa carta registada de 02.12.2013, Ref. Utilizador 1024826, que sou eu próprio, com assunto acerca do "Atraso de pagamento. Aviso prévio de suspensão de serviço" relativo à factura 316310/13  não paga.
Acerca deste assunto quero dizer o seguinte:
1. Estando fora de casa até dia 28 fui pagar a factura no dia seguinte 29 mas o Multibanco já não aceitou o pagamento.
Neste caso quero só lembrar que pago facturas na PT, na EDP, na GASCAN, e outras empresas com dias de atraso através do Multibanco onde continuam pagáveis vários dias depois do seu vencimento.
2. O mais desconcertante neste caso é que logo no dia 2/12/2013, ou seja passado um dia útil, um dia um, a Fagar, via correio registado, envia não uma nova factura, mas uma ordem de pagamento, sob uma catadupa de ameaças de "juros de mora", "suspensão de fornecimento", "tarifa de reposição de fornecimento" e ainda uma "caução até 54 euros".
E mais desconcertante ainda pelo facto de a nova ordem de pagamento incluir já uma "tarifa de pagamento fora de prazo" de, 4,0 euros 4,0. E deste modo a factura de 6,23 euros passar para 10,23 euros correspondente a um aumento de 64%.
3. Mas sobretudo, o ainda mais desconcertante, é que há cerca de dois meses para me devolverem o meu dinheiro exigido por várias facturas Vossas e pago indevidamente, mais de 100 euros 100, sobre saneamento não existente, a Fagar exigiu e obrigou que me deslocasse a Faro e fizesse prova de que as Vossas facturas tinham sido liquidadas por mim, caso contrário não poderia ser ressarcido do valor indevidamente pago e retido nos vossos cofres.
Contudo, agora, que o caso é ao contrário e a Vosso favor, passado um dia, um dia um, após a falta de pagamento a Fagar detectou imediatamente acerca de uma factura com pagamento em falta.
Quanto é boa e utilmente discriminatória a Vossa contabilidade!.
E mais que boa, é a lisura de pesos e medidas usados: a mim não me pagaram qualquer "tarifa de pagamento indevido" e retido meses; nem me pagaram quaisquer "juros de mora" com que agora me ameaçam e, dado o Vosso rigor, certamente ainda me vão cobrar.
No momento que o mundo chora Aquele que elevou a dignidade ao máximo expoente humano, por cá, no nosso país os dirigentes afundam-se em cálculos que só ofendem a dignidade das pessoas. Portugal está doente.

Cumprimentos,
Adolfo Contreiras