TEMPO ABRIL
CANTO UM
A guerra matava matava durava sem
saída e o povo roto metade refém
amordaçado à força e outra metade
fugindo em busca de pão e liberdade
disse basta e um dia madrugada cedo
perdeu o respeito despiu o medo
vestiu-se de Soldado e sem pavor
foi pedir contas ao mandante-mor
que fôra forte mas agora borrado
tremia fraco frente ao Soldado.
Estava lá vi o Carmo e Trindade
cair sob gritos e cânticos à liberdade
libertada enfim de grades chicotes
balas pides bufos judas iscariotes.
Caladas as sombras e vozes zum-zum
clarões de vivas e rubros archotes
floridos foram poetas e deram motes
líricos à epopeia: Liberdade, Canto Um.
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