O GOVERNO DEVASSO SEGUNDO PP
SOBRE PROSTITUIÇÃO
Vi e ouvi hoje, na blogosfera, a catilinária de Dom pacheco pereira aos "tempos de hoje" no seu novo púlpito proporcionado pela sic para promover e engrandecer a educação do povo: não confundir com propaganda, isso faz o governo, ele só educa. E, quanta graça vê-lo no seu estudado ar e estilo de Mestre-Escola fingido-se homem do povo despreocupado e desinteressado em conversa de família, a ler o "ponto" na sua frente e lembrar os epítetos com que mimoseou o PM quando este apareceu a ler o ponto nos comícios: mas também aqui o comício em pp é feito de "a verdade", no outro é propaganda.
Mas o melhor de pp é quando fala da prostituição como "uma realidade dos nossos tempos", como mais uma, esta sim, puta insinuação de que a governação promove a prostituição: uma baixa torpeza.
Na recente feira do livro adquiri por 2.5 Euros o livro " Os Bons Velhos Tempos da Prostituição em Portugal", "antologia de histórias e documentos colhidos na História da Prostituição em Portugal de 1877". Aqui, bem pode pp que é de linhagem nobre, constatar como a " mais velha profissão do mundo" se expande desde os Fenícios, Gregos, Romanos, Lusitânia e como os bons velhos tempos de costumes carnais passam pelo Rei Fundador e não pára em nenhuma dinastia ou em tempo algum qualquer entre a realeza e o povo que os imita.
Uma amostra do relato deste livro:
"Nestes dois editais (5 de maio de 1838 e outro de 22 do mesmo mês) estão marcadas as ruas dos diferentes distritos que elas (as putas) não podem habitar. Temos a notar que muitas das ruas que foram isentas de ser habitadas por estas mulheres não as julgo merecedoras de tão alta dignidade, como são as do Telhal, dos Remédios, de Santa Bárbara e, especialmente no bairro Alto, as ruas dos Calafates, da Atalaia, da Barroca, a Travessa da Espera, etc., se as compararmos com as ruas do Crucifixo, dos Sapateiros, dos Correeiros e dos Douradores, na Cidade Nova, nas quais elas podem habitar livremente. E também não sabemos porque fatalidade estas últimas ruas não foram isentas, quando o foram as travessas que as cortam perpendicularmente ou que as cruzam, como a de Santa Justa, da Assunção, da Victória, de São Nicolau, etc. Mas, enfim, assim o ordenou a autoridade competente, e estava no seu direito".
Pela amostra do número de ruas nomeadas para permissão de habitar e outras aptas para tal, pode pp tirar conclusões, mas há muito mais e melhor nas muitas páginas deste ilustrativo livro sobre o tema.
Naquele tempo habitavam em ruas escolhidas e designadas para o seu trabalho, hoje, no tempo mediático, habitam nas páginas dos jornais, revistas, tv, internet, etc. Pelo duvidoso puritanismo revelado tudo indicia que, caso pp seja ministro, mande publicar editais proibindo tais anúncios e, com isso, erradicará a prostituição do país, limpando-o, asseptizando-o e logo será um grande e bom governo, não devasso como hoje. Cuidado, também Salazar, nas vésperas da Guerra Colonial proibiu a prostituição, depois os seus homens de mão fizeram apelo e promoveram a deslocação das prostitutas para Angola para "levantar o moral às tropas".
Mas o melhor de pp é quando fala da prostituição como "uma realidade dos nossos tempos", como mais uma, esta sim, puta insinuação de que a governação promove a prostituição: uma baixa torpeza.
Na recente feira do livro adquiri por 2.5 Euros o livro " Os Bons Velhos Tempos da Prostituição em Portugal", "antologia de histórias e documentos colhidos na História da Prostituição em Portugal de 1877". Aqui, bem pode pp que é de linhagem nobre, constatar como a " mais velha profissão do mundo" se expande desde os Fenícios, Gregos, Romanos, Lusitânia e como os bons velhos tempos de costumes carnais passam pelo Rei Fundador e não pára em nenhuma dinastia ou em tempo algum qualquer entre a realeza e o povo que os imita.
Uma amostra do relato deste livro:
"Nestes dois editais (5 de maio de 1838 e outro de 22 do mesmo mês) estão marcadas as ruas dos diferentes distritos que elas (as putas) não podem habitar. Temos a notar que muitas das ruas que foram isentas de ser habitadas por estas mulheres não as julgo merecedoras de tão alta dignidade, como são as do Telhal, dos Remédios, de Santa Bárbara e, especialmente no bairro Alto, as ruas dos Calafates, da Atalaia, da Barroca, a Travessa da Espera, etc., se as compararmos com as ruas do Crucifixo, dos Sapateiros, dos Correeiros e dos Douradores, na Cidade Nova, nas quais elas podem habitar livremente. E também não sabemos porque fatalidade estas últimas ruas não foram isentas, quando o foram as travessas que as cortam perpendicularmente ou que as cruzam, como a de Santa Justa, da Assunção, da Victória, de São Nicolau, etc. Mas, enfim, assim o ordenou a autoridade competente, e estava no seu direito".
Pela amostra do número de ruas nomeadas para permissão de habitar e outras aptas para tal, pode pp tirar conclusões, mas há muito mais e melhor nas muitas páginas deste ilustrativo livro sobre o tema.
Naquele tempo habitavam em ruas escolhidas e designadas para o seu trabalho, hoje, no tempo mediático, habitam nas páginas dos jornais, revistas, tv, internet, etc. Pelo duvidoso puritanismo revelado tudo indicia que, caso pp seja ministro, mande publicar editais proibindo tais anúncios e, com isso, erradicará a prostituição do país, limpando-o, asseptizando-o e logo será um grande e bom governo, não devasso como hoje. Cuidado, também Salazar, nas vésperas da Guerra Colonial proibiu a prostituição, depois os seus homens de mão fizeram apelo e promoveram a deslocação das prostitutas para Angola para "levantar o moral às tropas".
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