terça-feira, junho 08, 2010

OS BRILHARETES DE SODERLING


Sentir-se obrigado é sempre um entrave à criação e expressão da liberdade interior de um indivíduo. Sentir o peso da responsabilidade de uma obrigação intimida a pessoa e condiciona o pensamento inibindo o indivíduo de atingir plena e totalmente as suas capacidades para fazer o melhor que é capaz.
O caso de Soderling no ténis é um caso típico. Em 2009, logo no início do torneio de Roland Garos, sem nada a perder e liberto da obrigação de ganhar foi capaz de bater Nadal. Depois na final, sentindo-se obrigado a justificar a importante victória recente sobre Nadal, frente a Federer, foi apenas uma sombra de sí mesmo como jogador. Agora em 2010, no mesmo torneio de Roland Garos, repetiu-se precisamente a mesma situação: apenas com inversão dos adversários.
O mesmo podemos dizer de Nadal e Federer: a responsabilidade de ganhar é ainda maior dada a enorme carga de obrigação que recai sobre eles. Contudo, enquanto estes dada as superiores capacidades de jogadores conseguem victórias e com elas superar a carga inibidora da obrigação, Soderling ainda não tem esse estatuto de ganhador nato pelo que vai fazendo brilharetes quando é um jogador livre de forças de obrigação.

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