sábado, janeiro 01, 2011

ANO NOVO 2011


Outro Ano Novo; 2011. Uns, os pessimistas, dizem que vai ser um ano muito mau, pior que todos anteriores. Outros, os optimistas, dizem que pode ser um ano de rever e corrigir males anteriores, aproveitar novas oportunidades e com trabalho e talento dar a volta à situação. Como é sabido, Aristóteles, analizando a história e filosofia do mundo grego, chegara à concluão que o meio termo era o local de residência da virtude. Em Portugal hoje, o problema maior é que os pessimistas não só são pessimistas por medo de perderem o feliz presente e voltarem à incerteza do futuro, como desejam que o péssimo aconteça para terem razão e exigirem de imediato o regresso à certeza do seu usofruto habitual de bem-estar à custa de exigente trabalho alheio. Os optimistas são-no não por que esperem que o melhor possa nascer do que está e vai mal no mundo e especialmente no país. Sentem, contudo, que tal como para Protágoras, o Homem é a medida de todas as coisas e não as coisas que medem o Homem, tal como burlesca e inviamente, acontece no mundo actual dada a sua ainda malsã organização social. O optimista acredita nas possibilidades humanas para vencer sempre e evoluir favoravelmente no sentido do progresso social. O pessimista, e o revolucionário igual, só acreditam na aplicação dura e pura de suas medidas drásticas sobre os outros, e sob sua custódia. O optimista, tem normalmente pouco a perder, logo está mais predisposto a passar maus tempos para melhorar o fututo, o pessimista, normalmente bem instalado nos bens terrenos, é medroso e quer de urgência endireitar o mundo à sua medida.
Um Ano Novo continua o mundo amanhã. É só uma nova data, mais nada, que o mundo de amanhã será precisamente a continuação do mundo de hoje, sem desvio abrupto ou muito menos qualquer interrupção ou descontinuidade. O mundo de amanhã será à semelhança do que fôr o Homem de amanhã porque, realmente, este é a medida de tudo. E como na existênvia humana não pode haver uma descontinuidade física, igualmente na sociedade humana é o primado da continuidade que prevalece.

Nem o tempo que se considera ilimitado teria existência ou medida se não existisse o Homem para considerá-lo e medi-lo. É a existência e natureza humana que dá dimensão ao tempo e à sociedade. O Ano Novo de 2001, tal como um rio, seguirá o seu curso caudaloso e perigoso, mas estará sempre na mão do Homen actuar quer sobre o curso quer sobre o caudal para minorar a sua perigosidade. Afinal, ao longo da longa história da humanidade, o Homem pensador e inteligente, sempre soube tirar proveito para sí próprio, toda vez que se debruça, matuta e sonha como dominar os males que o inquietam.
A salvação e melhoria do mundo está no sábio saber viver e necessidades do conjunto humano e não nos "salvadores". E hoje, início de 2011, como sempre, assim será.

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